quinta-feira, novembro 29, 2007

Blog de casa nova

Estamos de casa nova. O novo endereço do Vila do Esporte, agora com novo nome [Vila Esportiva] é http://vilaesportiva.wordpress.com/

Todos os textos, comentários e fotos postados aqui estão lá também!

Além disso, temos novos textos e discussões. Não perca!!!

segunda-feira, novembro 26, 2007

No fim de 2007

Dante Baptista

2007 está chegando ao fim, pelo menos para o futebol brasileiro. Nos gramados europeus, a bola ainda rola. Neste tempo em que o blogueiro esteve ausente, algumas coisas importates aconteceram. Por exemplo:

* Copa do Mundo no Brasil: ainda falta tempo para 2014, mas, para competições deste porte, 2014 é amanhã. Vejo como bom o argumento de Josef Blatter de que realizar um Mundial em um país em desenvolvimento é importante para contribuir com o crescimento dele. Porém, algumas coisas me preocupam: a primeira delas é que Ricardo Teixeira preside o comitê organizador da Copa. A segunda é a falta de estrutura, como comprovou o lamentável acidente de ontem, na Fonte Nova.

* São Paulo pentacampeão brasileiro: previsível, justo e merecido. A equipe cresceu e abriu uma distância considerável para o segundo colocado. As nove indicações para a seleção do campeonato comprovam o equilíbrio e qualidade do elenco, e Muricy fez um trabalho excelente. Agora é planejar 2008 e pensar em reforços, coisa que o clube já fez ao contratar o bom lateral Joílson.

* Brasileirão 2007: foi o melhor campeonato da era dos pontos corridos, mesmo sem ter acabado. Não pela qualidade técnica, que a cada ano diminui, mas pela esquizofrenia e emoção que o pautaram. O campeonato viu a ascenção e queda do Botafogo, a regularidade do São Paulo, os momentos de habilidade do Palmeiras, a queda frenética do Cruzeiro e, mais marcante, a ascenção flamenguista. A média de público cresceu de forma aguda, e clubes, torcida e jogadores parecem ter entendido a fórmula.

* Kaká, provável melhor do mundo: pela temporada que fez, mais do que merecido. Aliou a habilidade costumaz com o faro de gols e liderança. Segundo a imprensa italiana, o jogador já teria sido procurado pela France Football e seria o vencedor da Bola de Ouro. Se vencer a eleição francesa, dificilmente perde o prêmio da Fifa.

Seleção Brasileira: depois do chocolate na Argentina, vieram as Eliminatórias. Um massacre no Equador e outras partidas ruins. Dunga termina 2007 com alguns nós para desatar, que vão desde a formação, postura e até convocações.

O Vila do Esporte voltará a ser atualizado com frequência. É bom estar de volta!

terça-feira, outubro 23, 2007

Língua queimada

Fabio Sanches

Apostei, no começo da temporada, que Hamilton seria campeão da F1. Como todo palpiteiro de plantão, corri o risco de dar um tiro no pé com tal declaração. Chamei-o de gênio e me deixei levar pelo jeito equilibrado e regularidade durante as provas. Queimei a língua

O esporte pregou mais uma de suas peças. Era improvável, impensável, mas Raikkonen levou o caneco mesmo estando atrás de Hamilton e Alonso na classificação geral antes da última corrida.

Não é desculpa, mas ficou claro que faltou maturidade para Hamilton e jogo de equipe para a Mclaren, que não conseguiu segurar o ego de suas estrelas. A Ferrari começou o ano com pior carro, mas foi se acertando. Errou feio com Massa algumas vezes, mas venceu no final, mesmo sem Schumacher.

terça-feira, outubro 09, 2007

O choro de Betão

Fabio Sanches

Aconteceu o impossível?

Não. O Corinthians podia muito bem ganhar. Não vou nem entrar na questão de que "em clássico tudo pode acontecer".

Analisem os fatos. Quem precisava mais da vitória no momento? Sim, o Corinthians.

O São Paulo não contava com Dagoberto e Leandro, homens que dão mobilidade ao esquema de três zagueiros do Muricy. Tire o motor do carro e veja o que acontece.

Aí o Muricy inventa André Dias como volante. E o time, que já não tinha mobilidade, fica estático. Com essa formação ultra-defensiva, o 0 a 0 estava de bom tamanho para o São Paulo.

Mesmo porque o Corinthians não veio disposto a atacar. 5-3-2.

E a aposta foi bem mais acertada. Com humildade e força de vontade, o popular time fez um gol de bola parada com Betão. Ele mesmo, que tinha sido negociado, depois voltado.

Ele que tem um vídeo no You Tube contemplando seus piores momentos.

E Betão chorou.

Chorou não como são-paulinos, porque esses não têm o direito de chorar. Chorou como um corinthiano, engasgado, cujas lágrimas mal caem e o grito quase não sai.

No mesmo dia, encontrei-me com alguns corinthianos. Todos roucos.

quarta-feira, outubro 03, 2007

A Roberto Dias

Fabio Sanches

Futebol com classe. É assim que recordo Roberto Dias, um mestre.
Quando era pequeno, lembro de suas brincadeiras ao ensinar um pouco de futebol aos pequeninos que frequentam o clube de assiociados do São Paulo. Tive contato com ele. Era calmo, brincalhão e amava o futebol.
Se foi, mas deixa muitas saudades. Ou melhor, deixa é inspiração de que o futebol pode ser jogado como jogava Roberto Dias, o melhor marcador de Pelé.

quinta-feira, julho 26, 2007

O dia D

Fabio Sanches
É hoje, 26/07, o julgamento da Mclaren pelos dirigentes da Fórmula 1. A questão ficou tão grave que a entidade pediu que todos os representantes estejam presente no local ao invés de votarem pro fax, como normalmente fazem.

A acusação é de que projetista-chefe da McLaren, Mike Coughlan, teria acesso às informações do carro da Ferrari e usado as inovações em benefício das flechas de prata, como relatado neste blog.

O resultados pode afetar os pontos da Mclaren no Mundial de Construtores e também os pilotos que defendem a escuderia: Lewis Hamilton e Fernando Alonso que são, respectivamente, o 1º e 2º colocados do campeonato.

segunda-feira, julho 23, 2007

Briga dentro e fora da pista

Fabio Sanches
A meu ver: 2x0 Alonso em cima de Massa.

O espanhol ultrapassou o brasileiro nas últimas voltas do GP da Europa e levou o caneco. Depois disso, nos bastidores, o bicampeão provocou Massa, que se revoltou e xingou o adversário.

Na pista, o brasileiro teve sorte no começo da prova ao se manter na corrida, mas depois o acerto final do carro com pneus de chuva não funcionou, enquanto Alonso foi mais regular e se mostrou oportunista ao guiar para a vitória após erros de Hamilton e quebra de Raikkonen.

Já a briga momentos antes do pódio foi ocasionada por um toque entre Alonso e Massa no momento da ultrapassagem do espanhol. Ficou claro que Alonso só queria provocar o brasileiro, que caiu. Depois o bicampeão pediu desculpas e Massa desconversou.

O campeonato continua, portanto, acirradíssimo. Hamilton com 70 pontos, Alonso 68, Massa chega a 59 e Raikkonen permanece com 52. Se Hamilton bobear, perde a primeira posição. E, embora o inglês seja muito bom, isto não está longe de acontecer.

sexta-feira, julho 20, 2007

Prata dolorida

Dante Baptista

Era a medalha que nenhuma das jogadoras brasileiras queria ganhar. A prata de ontem, na final do vôlei feminino foi uma das mais doloridas que o Pan viu. Ainda é inexplicável e doloroso o resultado de ontem, Cuba 3 a 2 Brasil.

O Brasil vencia por 2 sers a 1 e teve cinco match points, mas não conseguiu definir o jogo no quarto set. Cuba crescia, tem um ótimo time, e muito valente. Mas o Brasil era mais time, tinha mais técnica e as inspiradas Sheilla e, principalmente, Paula Pequeno, que abordarei depois.

Veio o tae-break, e o Brasil começou bem. Abriu 5 a 2 e virou em 8 a 5. Três pontos é uma vantagem considerável numa partida de vôlei, e tranquila de administrar. O Brasil chegou a 14-12. Eram dois match points. Em um dos lances, Sheilla atacou três vezes, foram duas defesas das cubanas e uma bola, mal levantada por Fabi, que parou na rede.

O problema dessa geração é não possuir a centelha que faz de um time campeão. Pior que isso, é uma equipe que costuma falhar em momentos decisivos, ou, no popular, amarela. Na semi-final olímpica, perdeu para a Rússia depois de estar vencendo por 24 a 19 o quarto set, e um ponto definria a vitória. Na final do mundial, teve um match point e perddeu o jogo. Ontem, Cuba reverteu uma partida que estava na mão das brasileiras.

Centelha de time campeão é absolutamente psicológico. É confiança, é ter domínio do nervosismo e frieza para decidir quando precisa, pois técnica, o Brasil tem de sobra. Características da Paula Pequeno, mas que precisam ser incorporadas pelo restante da equipe. Caso contrário, o Brasil verá uma de suas melhores gerações sem nenhum título expressivo.

segunda-feira, julho 16, 2007

Doces rotinas brasileiras

Dante Baptista

A chuva de bons resultados no domingo deixa o blogueiro sem saber por onde começar. O esporte brasileiro deu ontem provas de superação, garra e vontade. Bandeiras brasileiras no alto do pódio.


Hermanos Fregueses

Sim, o time brasileiro era limitado, defensivo e não jogou, como diria Armando Nogueira, 'o fino da bola'. Dunga e seu esquema foram criticados, e com razão até. Mas tudo isso acaba quando o assunto vira uma final entre Brasil e Argentina.

Vitória por 3 a 0 (Julio Baptista, Ayala - contra - e Daniel Alves), na melhor exibição da Seleção na Copa América. Josué e Mineiro anularam Messi e Riquelme, Julio Baptista brilhou e Wagner Love mostrou consciência tática. Vitória maiúscula, e a freguesia argentina permanece.

Vôlei campeão

O Brasil disputou todas as finais de Liga Mundial na década. Só perdeu uma, em 2002, para a Rússia, em pleno Mineirinho. E ontem foi dia de revanche. Depois de perder a primeira partida da fase final para a Bulgária, a recuperação brasileira foi excelente. Duros jogos, mas boas vitórias contra Rússia e Polônia.

A final contra os russos não seria fácil, e, de fato, não foi. O Brasil errou demais nos dois primeiros sets, mas mostrou a garra que faz desse time um multicampeão. Ricardinho, Giba e Murilo comandaram mais um título brasileiro, 3 sets a 1. Detalhe, é o heptacampeonato brasileiro na Liga Mundial. Seis títulos nas últimas oito finais.

Tão bom quanto a vitória entre os profissionais, é a notícia que o Brasil venceu a Rússia por 3 a 0 no mundial juvenil. Sinal de renovação em alto nível na fortíssima seleção brasileira.

Imagem do dia

Nenhuma dessas vitórias emocionou tanto quanto uma imagem. A de Diogo Siva, chorando ao som do hino nacional e medalha de ouro no peito. Diogo é lutador de Tae Kwon Do e deu ao Brasil seu primeiro ouro no Rio 2007. Mais uma prova de que, mesmo sem incentivo, sem condições adequadas, o talento brasileiro prevalece.

quinta-feira, julho 12, 2007

Final: A rivalidade vive

Fabio Sanches

Talvez todos diriam que a final da Copa América seria mesmo entre Brasil e Argentina. Mas aí Ronaldinho Gaúcho, Kaká e Zé Roberto pediram dispensa dos escolhidos pela CBF e o regulamento tentou cruzar os rivais antes da hora.

Besteira. O destino foi mais esperto e estamos diante de uma final que pode entrar para história.

Não que será um jogo bonito, pois o Brasil não apresentará o melhor de seu futebol. Mas, mesmo com a clara superioridade argentina, os brasileiros chegam com os ânimos à flor da pele e podem engrossar para Messi e companhia.

É engraçado notar que agora quem precisa surpreender é o Brasil. Antes, a Argentina, que é o único time do mundo que sempre enfrentou o Brasil jogando pra frente, tinha que apostar em alguns coelhos tirados da cartola, porque os brasileiros tinham mais técnica e habilidade.

Perdoem o atrevimento, mas hoje os coelhos do Brasil são Robinho, Diego e Anderson. O primeiro já está fora da cartola faz tempo, o segundo insiste em não sair e o terceiro é a promessa.

Opa, me esqueci que o Dunga não é mágico.

Semifinais

Se o Brasil está motivado por ter ganhado do Uruguai nos penaltis após um bom primeiro tempo e uma péssima segunda etapa, os argentinos bateram com facilidade os mexicanos e esbanjam confiança.

Enquanto o primeiro jogo foi 2 a 2, com gols de Maicon e Júlio Baptista, o segundo foi 3 a 0 com tentos anotados por Heinze, Messi e Riquelme.

Em tempo: Não há dúvida que Doni se adiantou muito para pegar a cobrança de Lugano. Sorte do Dunga, que viu os queridinhos Afonso e Fernando perderem suas cobranças. Tomara que o susto tenha revelado ao técnico uma pequena lição.

A Argentina não brilhou, mas venceu bem o México. Imagina se brilhasse?

Ah, faltou a pergunta tão esperada: Quem será o campeão?

segunda-feira, julho 09, 2007

Goleadas na Venezuela

Dante Baptista

Para quem achava que não existe mais bobo no futebol, a Copa América provou o contrário. Quatro goleadas sonoras marcaram as quartas-de-final da competição.

O primeiro bobo foi o time venezuelano. A Seleção Vinho-Tinto não resistiu ao Uruguai e apanhou por 4 a 1. A Celeste Olímpica fez uma campanha tão irregular quanto a brasileira, mas assegurou a vaga aproveitando a fragilidade venezuelana.

Mais bobo ainda foi o time chileno. Depois da crise provocada pela festa da classificação, o time de Nelson Acosta foi uma verdadeira mãe e reabilitou o Brasil, que jogava sob olhares desconfiados da torcida e da imprensa. Resultado, 6 a 1 para a equipe de Dunga. Robinho assumiu a artilharia da da Copa América, com 6 gols em quatro jogos e Suazo marcou um golaço contra o Brasil, digno de placa.

O Chile divide o posto de grande bobo da Copa América com o Paraguai. Sem o meia Dos Santos e com a expulsão do goleiro Bobadilla, o time paraguaio simplesmente assistiu o México jogar. 6 a 0 fora o baile. Estranho é que, na primeira fase, o Paraguai só tinha sofrido dois gols, contra Estados Unidos e Argentina.

Já o Peru, bobo desde a década de 70, conseguiu segurar a Argentina no primeiro tempo. Mas não no segundo. 4 a 0 para os hermanos, dois gols de Riquelme e uma bela partida de Tevez.

As semifinais serão Brasil e Uruguai, na terça, às 21h45 e México e Argentina, na quarta, mesmo horário. A tendência de reedição da última final é imensa. Tomara que com o mesmo final.

sexta-feira, julho 06, 2007

De Sarriá a Puerto la Cruz














Dante Baptista

Há 25 anos, o futebol brasileiro (e mundial) sofria um dos seus mais duros golpes na sua história. No Estádio Sarriá, em Barcelona, o timaço do Brasil, comandado por Telê Santana, perdia para a pragmática, defensiva e boa Itália, 3 a 2. Sócrates e Falcão marcaram para o Brasil, enquanto Paolo Rossi anotou os três gols italianos, que se sagrariam campeões.

No imaginário brasileiro, aquele jogo ainda não acabou. Muitos torcedores, admiradores daquele time (Em tempo: Valdir Peres, Leandro, Oscar, Luisinho e Junior; Cerezo, Falcão, Sócrates e Zico; Éder e Serginho) imaginam como seria se o Brasil tivesse ganho aquele jogo.

O que ia acontecer em caso de vitória, eu não sei. Mas, mesmo tendo nascido três anos depois daquela partida, sei o que aconteceu com aquela derrota.

O futebol ofensivo, a preocupação em fazer os gols, morreu. Prevaleceu o modo de jogar italiano, precavido na defesa para depois pensar em atacar. Como uma tática de guerra: anule o adversário, domine os espaços e depois vença. O blog já falou desse assunto em um de seus
primeiros posts.

Mas, o que aquela derrota tem a ver com essa Seleção?

É simples. Analise os dois meio-campos. Em 82, jogavam Cerezo, Falcão, Sócrates e Zico. Na última partida, Mineiro, Josué, Gilberto Silva e Júlio Baptista. Dunga, hoje técnico da Seleção, prega o futebol pragmático, de resultados, sem a mínima preocupação com o futebol bem jogado. Espetáculo é a vitória.

Dunga, que era o capitão e símbolo máximo do time de 1994, campeão mundial jogando um futebol de resultados, com pouca técnica.

E, sempre que é perguntado se a Seleção Brasileira não precisa jogar bonito, a resposta é a mesma. "Já vi muito time jogar bonito e perder".

Ou seja, 25 anos depois, aquela partida no Estádio Sarriá (que não existe mais) ainda rende reflexos no pensamento brasileiro e, como principal efeito daquele jogo, está o fato de o Brasil ter deixado de ser Brasil, ter deixado de encantar pelo talento, pela técnica, pelo toque de bola.

Porém, eu ainda acredito que outro futebol é possível. Jogar bonito não é algo tão distante do futebol brasileiro, até porque, antes de mais nada, jogar bonito é jogar bem. Não precisa firula, basta ter competência, eficiência e pelo menos um jogador de talento. Os últimos grandes times (Boca 2007, São Paulo 2005/2006, Barcelona 2004 a 2006) eram times que, antes de mais nada, eram competentes.

quinta-feira, julho 05, 2007

Ai, que saudade do Parreira!

Dante Baptista

Parece improvável essa frase como título, mas é verdade. Ainda mais com o fracasso da última Copa do Mundo, a frase soa ainda mais absurda. Mas é fato, eu sinto saudades do Parreira.

Ao ver a escalação da Seleção com um meio-campo formado por Gilberto Silva, Mineiro, Josué e Julio Baptista, batizado por Maurício Noriega como “Quadrado Trágico”, montado em função da velocidade e força do time do Equador, lembrei de uma frase do antigo técnico brasileiro. “Não monto time pensando nos meus adversários. Eles que têm que se preocupar de enfrentar a Seleção Brasileira.”

Essa nova fase da Seleção, com amistosos realizados na Europa, convocações ruins e o péssimo futebol apresentado, fez com que caíssem dois conceitos que formam o nosso nome: o de Seleção, já que não são os melhores jogadores os chamados, e o de Brasileira, pois não se vê os melhores jogadores das equipes brasileiras e, também, não se observa o mesmo comprometimento com a Seleção daqueles que atuam na Europa.

Acima de tudo, Parreira era um técnico formado, com conceitos já estabelecidos e amadurecidos com a sua experiência. Não acho o Parreira excelente, acho que ele cometeu erros em 2006 (e também em 94), mas ele passava segurança de quem sabia o que estava fazendo, o que não acontece com Dunga.

O Brasil disputa as quartas de final contra o Chile no próximo sábado. É a quarta partida da Seleção, e, certamente, será a quarta formação diferente. As substituições e alterações deixam o grupo perdido, e sem confiança, reflexo de seu treinador. Esse grupo, que treinou 14 dias com uma escalação, que só durou 45 minutos.

Creio que a Copa América, não importa o resultado obtido pela Seleção (até porque, o caminho brasileiro até a final não é dos mais difíceis) deixará sérias reflexões para o comando da Seleção. Demoramos para nos firmar como um futebol-referência, como o país do futebol e como a melhor seleção do mundo.

Por isso, não podemos abandonar o futebol bonito. Com resultados, sim, mas um futebol bom boa técnica e organização tática. E eu não estou pedindo chapéu, carretilha, drible da vaca a cada minuto, eu só quero um bom goleiro, dois laterais que subam e cruzem bem, uma zaga segura, volantes que protejam e saiam para o jogo, meias criativos, e um ataque que faça uma boa jogada e gol.

quarta-feira, julho 04, 2007

Investigação, demissão e suspensão na F1

Fabio Sanches

Parecia boato, intriga entre equipes, provocação. Mas não é. Ainda em investigação, a polícia inglesa descobriu documentos técnicos da Ferrari na casa do projetista-chefe da McLaren, Mike Coughlan, segundo o blog de Livio Oricchio, do Estadão.

Na última semana, havia sido comentado que o ex-mecânico-chefe da Ferrari, o inglês Nigel Stepney, poderia ter repassado os documentos para a equipe rival. Com a última descoberta, essa suspeita ganha novas proporções.

De acordo com Livio, Stepney estaria descontente com a Ferrari, após almejar o cargo deixado por Ross Brawn e ser rebaixado para o grupo de testes pelo diretor da escuderia, Jean Todt, por conta de ele não ser formado.

Agora, Coughlan, da Mclaren, já foi suspenso, e Stepney demitido (antes tarde que nunca), da Ferrari.

Para quem está longe do dia-a-dia das equipes, fica difícil imaginar como antes isso não foi percebido e evitado. Perguntas sem respostas surgem e mais um escândalo na F1 começa a se formar. Resta torcer para que isto não abale a disputada temporada e os novos talentos que chegaram.

segunda-feira, julho 02, 2007

Robinho 3 x 0 Chile

Dante Baptista

Não foi o melhor que o Brasil poderia render, mesmo com um placar de 3 a 0 diante do Chile. A Seleção segue com problemas de criação, mas, diferente dos times que atuam no país, tem um jogador capaz de decidir a qualquer momento. Robinho.

Ele chamou o jogo para si: criou, pedalou, apanhou, reclamou e ainda fez os três gols brasileiros na partida, o último deles foi um verdadeiro golaço.

O Brasil ainda precisa de reparos e tem que melhorar muito no setor de criação, mas a vitória deu um novo fôlego para Dunga, que se classifica até com um empate diante do já eliminado Equador.

A melhor definição do que foi o Brasil foi dada pelo argentino Olé:
Robinho é um brasileiro autêntico. Por causa do atleta do Real Madrid, só por ele, o Brasil estreou seus gols nesta Copa América. Por sua vocação a esperteza, o time pentacampeão alcançou um triunfo que o medo do Chile ajudou a construir. A goleada do Brasil só se explica por Robinho, que marcou três gols e jogou sem companhia.

Richarlyson entra com ação contra Cyrillo

Fabio Sanches

O advogado de Richarlyson afirmou nesta segunda-feira, 02/07, que o jogador entrou com ação contra o dirigente palmeirense José Cyrillo, que havia declarado, durante o programa de TV Debate Bola, comandado por Milton Neves, que o jogador são-paulino seria homossexual.

Vamos acompanhar o desenrolar do processo, que pode complicar para o palmeirense.

Resposta vermelha

Fabio Sanches

Depois de todo mundo achar que a Ferrari estaria fora da disputa contra a Mclaren no mundial de F1, Raikkonen e Massa fazem dobradinha e colocam novamente lenha na fogueira na disputa pelo campeonato.

Raikkonen foi o vencedor com méritos. Ultrapassou Hamilton na largada e foi mais rápido que Massa na pista. Quando o brasileiro foi para os boxes, o finlandês assumiu a ponta e garantiu a primeira colocação.

Hamilton, por incrível que pareça, se saiu bem mais uma vez. Ficou na terceira colocação, enquanto Alonso terminou em sétimo depois de largar lá atrás por conta de problemas durante o treino que definiu o grid de largada.

Por fim, Hamilton está com 64 pontos no campeonato, 14 a mais que Alonso, o segundo colocado, com 50. Alonso ficou decepcionado com o resultado. Massa tem 47 e Raikkonen 42. Se a Ferrari acordou de verdade, a briga começa agora!

Em tempo, Robert Kubica voltou depois de sofrer o acidente mais traumático da temporada até agora e garantiu a quarta colocação. Olho nele!

sexta-feira, junho 29, 2007

Ótimo começo

Dante Baptista

Nada poderia ser mais contrastante para a Seleção Brasileira do que o ótimo começo da Argentina. 4 a 1 nos Estados Unidos. Não que o jogo tenha sido fácil, não mesmo!

Contra o defensivo, porém perigoso time americano, Alfio Basile escalou três volantes: Mascherano, Cambiasso e Verón, mais adiantado. Riquelme pensava as jogadas e Crespo concluía. Messi estava isolado pela direita e pouco participava.

Até os 15 minutos da segunda etapa, o placar ainda era 1 a 1. Foi quando Cambiasso foi sacado e entrou Aimar, e logo depois, saiu o segundo gol argentino. Messi fez bela jogada pela esquerda e Crespo completou. Aimar e Tevez ainda fecharam o caixão norte-americano. Hugo Chavez vibrava.

Volvió La Brujita

La Brujita é o apelido de Juan Sebastian Verón, que ontem voltou à Seleção Argentina. E voltou bem, foi um dos melhores em campo, dando qualidade na saída de bola Albiceleste. Em alguns momentos, armou algumas jogadas com Riquelme.

E o Brasil?

Dunga quer mudar o time. Aprovou as atuações de Afonso e, principalmente, Anderson. Ainda é um mistério quem deve sair para as entradas deles. Se o jogo de domingo é decisivo e a Seleção precisa do seu máximo poder ofensivo, uma notícia atrapalhou os planos. Fred fraturou o pé e está cortado. O regulamento não permite substituições.

Splitter é do Spurs

Fabio Sanches

Ele foi a 28ª escolha do "vestibular" da NBA. E vai defender o atual campeão San Antonio Spurs dos argentinos Manuel Ginóbili e Fabrício Oberto.

Na posição, brigará com Oberto para jogar ao lado de Duncan.

E, além disso, deu sorte, pois poderá partipar também dos playoffs se o time mantiver o desempenho na próxima temporada.

Como nem tudo são flores, há um "pequeno" entrave. O TAU Ceramica, time pelo qual jogava na Espanha, pode aplicar uma multa recisória para que o jogador vá para NBA.

Vamos acompanhar o desenrolar dos fatos. Splitter deixou claro que está feliz na Espanha, mas não recusaria um convite da NBA, principalmente do campeão da liga.

quinta-feira, junho 28, 2007

Splitter, a esperança tupiniquim no draft

Fabio Sanches

O draft da NBA, evento que permite que os times da liga norte-americana de basquete escolham os novos jogadores, já pré-selecionados e sem negociação, para a próxima temporada acontece hoje em Nova York.

E para o Brasil é Tiago Splitter ou nada. O pivô joga atualmente na TAU Cerâmica da Espanha e encanta os olhos de alguns times da NBA, principalmente pela posição que joga, carente na liga.

Ralfi Ansaloni Silva, de apenas 19 anos e revelado pelo Praia Clube, de Uberlândia é o segundo brazuca no draft, mas tem poucas chances. Foi uma surpresa ele estar cotado e isso já mostra que o Brasil também pode ser uma fábrica de talentos no basquete. Pena que só a Confederação Brasileira de Basquete (CBB) não vê isso.

Os favoritos

Os nomes mais falados neste período de draft são o pivô do Ohio State, Greg Oden, e o ala do Texas, Kevin Durant. O Portland Trail Blazers será o primeiro a escolher e deve pegar Oden, por conta de sua posição.

O Seatle Supersonics, segundo na escolha do draft, deve ficar com Durant, que possui técnicas ofensivas surpreendentes. É aguardar e ver os garotos jogarem.


Péssimo começo

Dante Baptista

Não poderia ser pior o início da caminhada da Seleção na Copa América. Num primeiro tempo sofrível em todos os sentidos, o Brasil sofreu dois gols do México, resultado final.

Em seu primeiro jogo oficial como treinador, Dunga viu seu time simplesmente não funcionar. O Brasil estava inseguro, pouco criativo e sem ligação entre defesa, meio e ataque. Tática? Não existia. Talento e futebol bonito? Muito menos.

Diego e Elano, duas apostas de Dunga na criação, foram espectadores privilegiados, pois assistiram o jogo de dentro do campo. Tanto que foram - bem - sacados pelo treinador na segunda etapa. E Doni, novidade da equipe, falhou nos dois gols.

Segundo tempo, entram Afonso e Anderson. Substituição ousada e desesperada, já que Diego era o único que havia treinado todas as jogadas de bola parada. Mas, mesmo assim o time melhorou, graças a indivualidade de Robinho e Anderson. O gol não saiu por falta de sorte e a competência de Uchôa.

Aliás, podia ser pior sim. Castillo recebeu antes do meio-campo, avançou, passou por Doni e chutou, sem goleiro... PARA FORA! Lance digno de YouTube.

Domingo tem Brasil x Chile. Se perder, a coisa fica bem feia para a Seleção. Vale lembrar que o Chile, que tem Valdívia como camisa 10 e capitão, venceu bem o Equador, 3 a 2.

terça-feira, junho 26, 2007

Desencantou

Fabio Sanches

Dagoberto desencantou e levou o time do São Paulo à vitória em clássico morno contra o santos, 2 a 0.

Não foi quente porque o São Paulo fez os dois gols no primeiro tempo e se limitou a marcar no segundo. Embora taticamente mais equilibrado em campo, Muricy, que acertou com Ilsinho e Jorge Wagner, preferiu recuar o time na segunda etapa.

Não foi frio porque o Santos demonstrou vontade. Mas apenas isso. Faltou técnica, tática, habilidade. E Luxemburgo sentiu a falta de Zé Roberto.

O são Paulo subiu para a terceira colocação e Muricy afrouxou a corda que estava em seu pescoço. Já o Santos caiu ainda mais. A diferença é que Luxa nunca esteve ameaçado no comando do Peixe e já corre atrás de novos reforços.

Cartolas cogitam Roger, Rogério (ex-Corinthians e Palmeiras) ou Kleberson. Quem se encaixaria melhor no Santos?

Em tempo, que partidaça do Breno! Mais um zagueiro brasileiro revelado.


quinta-feira, junho 21, 2007

Após triunfo, o retorno

Fabio Sanches

Riquelme está de volta à seleção da Argentina para disputar a Copa América. E que baita reforço. Com ele, confira o provavel time da Aregntina para disputar a competição:

Abbondanzieri, Burdisso, Ayala e Heinze; Mascherano, Cambiasso, Zanetti, Riquelme e Messi; Tevez e Crespo.

É, a Argentina vai com força total.

Você tem dúvidas de que no papel este time é mais forte do que turma que o Dunga convocou para a Copa América?

Relação completa de 22 jogadores da Argentina:

Goleiros - Roberto Abbondanzieri (Getafe-ESP), Juan Pablo Carrizo (River Plate-ARG) e Agustín Orión (San Lorenzo-ARG).

Defensores - Javier Zanetti e Nicolás Burdisso (Inter de Milão-ITA), Roberto Ayala (Valencia-ESP), Gabriel Heinze (Manchester United-ING), Gabriel Milito (Zaragoza-ESP), Daniel Díaz e Hugo Ibarra (Boca Juniors-ARG).

Meiocampistas - Luis González (Porto-POR), Javier Mascherano (Liverpool-ING), Esteban Cambiasso (Inter de Milão-ITA), Fernando Gago (Real Madrid-ESP), Juan Sebastián Verón (Estudiantes de La Plata-ARG), Pablo Aimar (Zaragoza-ESP) e Juan Román Riquelme (Boca Juniors-ARG).

Atacantes - Lionel Messi (Barcelona-ESP), Hernán Crespo (Inter de Milão-ITA), Diego Milito (Zaragoza-ESP), Carlitos Tévez (West Ham-ING) e Rodrigo Palacio (Boca Juniors-ARG).

O craque

Dante Baptista

Boca campeão da Libertadores. 2 a 0, sem maiores sustos. Dois gols de Riquelme, um deles um golaço. Riquelme foi escolhido o melhor da final, pela atuação nos dois jogos. Em cinco gols, fez três e participou diretamente de outros dois.

O Grêmio foi afobado, pouco ordenado e, principalmente, pouco ousado. Abusou da ligação direta entre defesa e ataque e não envolveu o Boca. As únicas jogadas lúcidas saíam dos pés de Lúcio (!) e Carlos Eduardo. Pouco para um time que teria de reverter uma diferença de três gols.

A diferença entre Boca e Grêmio é uma só. Os xeneízes têm um craque, um camisa 10, diferente do Grêmio.

O time gremista ontem foi o reflexo do atual momento do futebol brasileiro. Entre as equipes que disputam a série A, nenhuma delas tem um craque, um jogador consolidado, capaz de decidir. O Santos, único nessa condição, perdeu Zé Roberto.

E por quê é tão difícil ter um craque no Brasil?

Em primeiro lugar, porque não há dinheiro. Nenhum clube dispõe hoje de verba suficiente para competir com os salários europeus. Então, trazer jogadores é quase inviável.

E, com um calendário que deixa o Brasil frágil, perdemos nossas promessas no meio do campeonato nacional. O São Paulo, campeão brasileiro em 2006, começou o campeonato com uma escalação e terminou com outra, bem diferente. O mesmo pode se aplicar ao Corinthians, por exemplo.

terça-feira, junho 19, 2007

Ana Paula e a Playboy

Dante Baptista

O assunto é bem polêmico e merece cuidados especiais. De acordo com o repórter André Rizek no programa Bem, Amigos e em seu blog, a auxiliar Ana Paula de Oliveira assinou contrato com a Playboy para a próxima edição. As fotos, ainda sem tema preferido (Ana Paula prefere uma praia), serão de J.R. Duran. (Em tempo: Ana Paula já havia feito ensaio para a Revista VIP)

Ana Paula teve um ano conturbado. Em dois lances difíceis e interpretativos, anulou dois gols do Botafogo e foi duramente criticada por Carlos Augusto Montenegro, vice-presidente do clube. Foi atacada não pelos erros, comuns dentro da função que exerce, mas pelo fato de ser mulher. Ouviu dezenas de besteiras do cartola.

A Federação Paulista afastou a auxiliar (alguém duvida da força carioca nos bastidores?) dos jogos de primeira divisão e a constrangeu a escalá-la em jogos da quarta divisão.

O fato é que Ana Paula, um misto de competência, beleza e marketing (tem patrocínio, assessoria de imprensa e site oficial), incomoda os cartolas de clubes, dirigentes de federação e qualquer atitude dela é pontencializada.

Toda essa pressão deve ter ajudado na decisão de posar nua. Decisão que eu considero errada, por sinal. Não por ela ser mulher e conviver num meio machista, até porque isso ela já supera há algum tempo, mas pelo fato de ela não ser uma atleta, mas uma árbitra, que tem soberania dentro do campo de jogo, pela insenção e discrição exigidas na profissão. Pierluigi Colina, famoso e ótimo árbitro italiano, parou de apitar após estrelar o comercial de uma empresa que patrocinava um clube da Série A.

A decisão pode influir diretamente no principal sonho da auxiliar, de atuar em uma Copa do Mundo masculina.

Hamilton de novo

Fabio Sanches

A briga entre o atual campeão da F1, Fernando Alonso, e o estreante Lewis Hamilton foi concretizada na pista, durante o Grande Prêmio dos Estados Unidos, em Indianapolis.

Adivinha? Deu Hamilton, de ponta a ponta. Até que o espanhol tentou, brigou, ameaçou. Mas parece que o garoto leva jeito para a coisa e segurou com perfeição a pressão de seu companheiro de equipe.

Mas, e a Ferrari?

Ah, brigaram pela 3ª e 4ª poosições. Massa, que tirou o que deu pra tirar do carro, acabou na frente de Raikonnen, que está decepcionando na temporada.

Hamilton agora é líder isolado, 10 pontos na frente de Alonso. E ai da Ferrari se não melhorar nas próximas corridas. Será alvo fácil da forte Mclaren Mercedes.

segunda-feira, junho 18, 2007

Reconstrução em Barcelona

Dante Baptista

Santiago Bernabeu lotado, primeiro tempo de jogo. 1 a 0 para o Mallorca. Torcida merengue desesperada.

Do outro lado, o Barcelona goleava o Gimnastic por 3 a 0. Naquele momento, o clube catalão levaria o título espanhol.


Mas Van Nistelrooy sentiu uma lesão. Reyes entrou em seu lugar e marcou dois dos três gols da vitória do Real, que se sagrou campeão espanhol, merecidamente. Depois de três anos, muitas mudanças e muita confusão, os galácticos voltam a levantar uma taça.


Mas o Barcelona? O que pode acontecer com um dos melhores times da década?

Depois de ganhar tudo entre 2004 e 2006 (dois espanhóis, uma Copa do Rei e uma Uefa Champions League), o Barça sentiu. Usou de seus principais craques até que eles chegassem à exaustão, tanto que Ronaldinho esteve muito abaixo do que pode render, Eto'o e Messi tiveram sérias contusões, Deco também não rendeu o que podia.


Os insucessos começaram em dezembro, quando o Inter venceu o Mundial de Clubes da Fifa. A perda do título culminou com o declínio no espanhol e as eliminações na Champions e na Copa do Rei. Os jogadores começaram a contestar a si mesmos, o treinador, a política de contratações... tudo. Era claro que faltava união e o grupo rachou.


Ao mesmo tempo, Ronaldinho e Eto'o são alvos constantes de especulações envolvendo Milan, Chelsea e outros grandes clubes.


O que vai acontecer com o Barcelona na próxima temporada?

* * *


Brasileirão em pílulas:


* Mais do que ser líder, o Botafogo merece ocupar a liderança. Venceu fácil, joga fácil e tem ótimas peças de reposição. André Lima, com duas belas jogadas, foi o nome do jogo. Detalhe, ele é reserva. Mais um detalhe: que frango, hein Julio Cesar?

* O São Paulo voltou a vencer, 2 a 0 sem esforços sobre o frágil time do Vasco. Se o São Paulo melhorou, não dá para saber. O time do Vasco é muito ruim e só teve um bom começo de ano por causa do projeto do milésimo gol de Romário. Passado o sonho, a realidade vascaína é péssima.

*
Ainda sobre melhora, não dá para saber se o Santos melhorou. A vitória de 2 a 0 sobre o Juventude é daquelas enganosas. O clube gaúcho tem sorte de estar fora da zona de rebaixamento.

* Ele não vinha tão bem assim, mas sua ausência foi muito notada pelo Corinthians. Sem Willian, o Timão não passou do o a o com o Paraná. Os meias foram Rosinei e o lateral Pedro. Dinelson e Roger estão encostados no clube.

*
O Internacional não venceu, mas voltou a jogar bem. Mesmo sem Fernandão e Pato, o bom Alex deu conta do recado. 2 a 2 com o Flamengo, no Maracanã. Em tempo, o Mengão é o 17° colocado na competição, ou seja, o primeiro entre os rebaixados.

* Os outros três clubes na zona de rebaixamento são, infelizmente, os três nordestinos: América, Sport e Náutico.

*
Sem meio time, o Palmeiras perdeu para o Goiás, 3 a 1. Os três passes para os gols esmeraldinos saíram de Paulo Baier, que saiu renegado do clube.

sexta-feira, junho 15, 2007

Rumo ao Pan

Dante Baptista

O Brasil mostrou sua força hoje em dois esportes diferentes na preparação para o Pan-Americano. Vitórias no vôlei masculino e handebol masculino. As duas com facilidade.

Na Liga Mundial, o Brasil derrotou o Canadá com extrema facilidade, 3 sets a 0 (25/21, 25/20 e 25/13). A campanha do Brasil, mesmo sem seus principais jogadores como titulares, é invejável. O país está invicto e só perdeu um set até agora.

Hoje o time de Bernardinho jogou com uma formação inédita. Samuel (oposto), foi para a ponta, junto com Murilo. Bruninho, Anderson, Rodrigão, Gustavo e o líbero Alan completaram o time.

Os medalhões ficaram no banco e ainda estão sendo poupados visando o Pan, única competição que o Brasil não chegou à final na era Bernardinho.

Hand evolui e busca novo ouro

O Brasil bateu o time B da Espanha por 36 a 30, no jogo-teste do novo e belíssimo ginásio que será usado no Pan. Tudo bem, não era a seleção principal espanhola, mas é bom vencer jogos contra equipes européias.

O primeiro tempo foi equilibrado, mas o talento de Bruno Souza se sobressaiu no segundo tempo. O meia-direita fez 9 dos 36 gols brasileiros. O primeiro tempo virou com empate em 15 a 15, num jogo marcado e decidido nas pontas.

O talento do 3° melhor do mundo em 2005 e o bom preparo físico brasileiro garantiram a vitória do time de Jordi Rivera. Destaque também para Zeba, meia direita e o excelente Bruno Santana, central.

Ainda pelo Torneio Internacional, o Brasil enfrenta México e Rússia. Mesmo com problemas na defesa, a Seleção parece caminhar bem, apesar da chave difícil, para mais uma medalha no Pan. Esperamos que seja o ouro.

Spurs 4 x 0

Fabio Sanches

Acabou e foi fácil. O San Antonio ganhou consecutivamente 4 vezes do Cleveland, dentro e fora de casa. Não pensou, agiu. Não deixou LeBron James jogar e não se intimidou com a forte marcação dos Cavaliers.

Campeão, com méritos.

No começo do campeonato as coisas não estavam fáceis para o Spurs. O Dallas Mavericks e Phoenix Suns despontavam como os melhores times da liga pelo Oeste, enquanto que pelo Leste a única ameaça parecia ser mesmo o Detroit Pistons.


Mas nesta temporada o basquete pregou peças assim como o futebol. E com seriedade e habilidade, Duncan, Parker (eleito o MVP das finais) e Ginóbili foram os hérois, aclamados e coroados. É o 4º título do time.

O jogo

A partida de ontem foi uma repetição do terceiro confronto. Um placar mais baixo, 83 a 82, mas brigado, mas sempre com uma superioridade notável do time de San Antonio, mesmo jogando fora de casa.

Quando o Cleveland ameaçava reagir, arremessos fáceis eram perdidos e o Spurs ganhava novo fôlego.

Ah, vale lembrar, Varejão está de parabéns! Marcou muito bem Duncan e quase o anulou no quarto período. Pena que neste quarto o argentino resolveu jogar e decidiu a parada.

Quem tinha apostado que a missão do Cavaliers era mais fácil que a do Grêmio frente ao Boca (veja último post) pode ter perdido. Embora o resultado da NBA não influencie em nada o fato de que os gaúchos precisam ganhar de três gols de diferença ou mais para sonharem com o título da Libertadores.

quinta-feira, junho 14, 2007

Decisões difíceis

Fabio Sanches

O Vila do Esporte tem acompanhado as duas principais finais no momento: Grêmio x Boca Juniors pela Libertadores e Cleveland Cavaliers x San Antonio Spurs pela NBA.

A coincidência é que ambas estão com o mesmo resultado, embora as modalidades e o formato da decisão sejam diferentes. Veja os casos e opine!

Libertadores

Para levar o jogo para a prorrogação, o Grêmio precisa vencer o Boca, do habilidoso Riquelme, por três gols de diferença, já que o primeiro jogo, na Bombonera, foi 3 a 0 para os donos da casa.

Impossível? Não. Mas muito difícil.

NBA

Os Spurs estão vencendo a série melhor de sete por 3 a 0. Restam quatro jogos para a definição, sendo dois em Cleveland e dois em San Antonio. Até agora, o armador Tony Parker e o pivô Tim Duncan ditam o ritmo dos jogos.

LeBron, a esperança dos Cavaliers, ainda não teve um ótimo desempenho nas finais.

A pergunta que não quer calar é a seguinte: Quem tem a missão mais difícil pela frente? O Grêmio, por ter apenas uma oportunidade de virar o jogo contra o Boca, ou os Cavaliers de Varejão, que ainda precisam vencer os Spurs fora de casa?

Robinho, em três lados

Dante Baptista

Robinho

Demorei para firmar meu espaço e virar titular do Real Madrid. Quando entrei, a equipe começou a jogar melhor e hoje a gente está a uma vitória simples de sermos campeões espanhóis, depois de três anos sem títulos.

Quero ajudar minha equipe a ser campeã na minha segunda temporada na Europa e comemorar o título. Estou bem fisicamente, e estar na Seleção, neste momento, atrapalha. Logo que for campeão, ou não, me apresento.

CBF (na voz de Dunga)

Estou respaldado pela Lei. Convoquei o jogador no prazo e preciso dele para a preparação da minha equipe na competição. O Campeonato Espanhol é o único no mundo que acabou fora do prazo estipulado.

Já tive baixas importantes e Robinho é o principal astro da equipe. Não me importa se a AFA, a Federação Paraguaia e outras liberaram seus jogadores. Preciso do Robinho, e pronto!

É importante para mim, como técnico, mostrar força, já que sou novo. Por isso, vou até o fim com essa luta.

Real Madrid

Eu pago o salário do jogador, gastei uma fortuna em sua contratação e preciso dele aqui para jogar, já que estou muito perto de um título muito cobiçado por mim, pelos meus jogadores, técnico e torcida.

Preciso de força máxima, ainda mais sabedor que outras federações liberaram os jogadores sulamericanos para suas equipes. Por que eu não posso?

* * *
O bom senso diria o seguinte: A Seleção Brasileira está em fase inicial de trabalho, com testes físicos e treinos táticos leves. Ainda não está no local da competição, e ainda falta um tempo para que comece. Já o Real Madrid precisa do jogador, mesmo fora do prazo estipulado. Afinal, neste momento, ele é mais importante para o clube do que para a Seleção.

O bom senso também diria para Dunga que determinadas quedas de braço e declarações polêmicas são absolutamente desnecessárias.

El jugador del Partido

Dante Baptista

Primeiro, os fatos: o Boca não jogou tão bem para 3 a 0, assim como o Grêmio não foi tão mal para merecer a derrota. Porém, o Grêmio não tem um craque, mas o Boca...

Grêmio melhor, mas vacila

O Tricolor Gaúcho jogava melhor e não se mostrava intimidado com a Bombonera, até tomar o gol aos 18 minutos, com Palácio.

Gol esse que foi irregular, sem dúvida alguma. Erro feio do árbitro e do bandeira, mas não justifica as explicações gremistas. O Boca foi mais time e soube resolver o jogo nos momentos capitais.

Soube resolver porque tinha um craque inspirado. Riquelme, como a TV argentina classificou, foi el jugador del partido. Dos seus pés saíram os três gols do Boca. O time xeneíze passou a administrar a partida, enquanto o Grêmio apostava em lado esquerdo, com Lúcio (excelente partida!) e Cadu (ótimo e promissor!).

Mas faltava criatividade do outro lado, já que Tcheco e Diego Souza não se encontravam em campo, e Tuta foi anulado sem precisar da marcação argentina.

Pressão e expulsão

Segundo tempo, o Grêmio batendo e o Boca pressionando. A impressão era de que a equipe argentina fizesse o que fez com o Cúcuta, mas seu ímpeto diminuiu.

Neste momento, o que não podia acontecer, aconteceu. Sandro Goiano fez uma das suas, e foi expulso direto. Isso porque tomou um cartão amarelo quatro minutos antes. Mesmo jogando bem, a expulsão acabou com o Grêmio.

Quando Lucas entrou, melhorou o meio campo, mas poucos minutos depois, Patrício faz falta em Riquelme, na entrada da área. O resultado? Gol do Boca!

Aos 44 minutos, Riquelme recebe mais uma bola sozinho, dribla dois jogadores e chuta. Saja espalma, a bola sobra para Palermo, que cruza. Pane na defesa do Grêmio, e gol do Boca.

Quem não escuta cuidado...

Apesar de irregular, o gol aconteceu depois de uma falta desnecessária de Gavillán. Como o blog antecipou no post anterior, era necessário um cuidado na hora de parar a jogada com falta, pois do outro lado havia Riquelme.

O outro cuidado era com as bolas altas na área, e quem estava em Banega na hora do cruzamento? Ninguém!

Agora é a hora de provar a imortalidade do Grêmio, mas 4 a 0 é bem difícil.

quarta-feira, junho 13, 2007

Hoje, na Bombonera

Dante Baptista

Saja; Patrício, Teco, William e Lúcio; Sandro Goiano, Gavillán, Tcheco e Diego Souza, Cadu e Tuta. Esse é o time do Grêmio nessa histórica decisão.

Não vai ser fácil, o jogo é na Bombonera e o Boca tem uma equipe forte. A saber: Caranta, Ibarra, Diaz, Morel Rodríguez e Clemente Rodríguez. Ledesma, Banega, Nery Cardozo e Riquelme, Palácio e Palermo.

Porém, não é impossível sair com um bom resultado. Basta não se impressionar com a mística que envolve a partida. A acústica da Bombonera, a catimba (ou milonga) argentina, a habilidade de Riquelme, os gols de Palermo.

O Grêmio deverá ter inteligência e marcar da mesma forma que marcou o Santos no Olímpico. Pressionar a saída de bola, já que os zagueiros não são tão bons assim. Porém, os dois volantes, principalmente o jovem Ledesma facilitam as coisas no meio campo, que ainda tem os habilidosos Nery Cardoso e Riquelme.

No papel, é o seguinte. O Grêmio tem um time mais acertado. Os três setores se entendem bem, mas o Boca tem mais condições, pois tem jogadores capazes de decidir.


Marcação individual? Besteira.


Cuidados:


O Grêmio é um time que utiliza (demasiadamente) o recurso da falta. Sandro Goiano e Gavillán batem bastante, o que não é o caso de Lucas, que ficará no banco. E, sabedor de que há um grande batedor de falta do outro lado, é bom evitar esse recurso perto da área. Por isso, é interessante adiantar a marcação


Bola alta nunca foi o forte da equipe gremista. Os dois zagueiros são bons por baixo, mas falham no alto. Palermo não é excelente, mas faz bem o seu papel, e cabeceia bem.


Como bem lembrou Lédio Carmona,
Jorge Larrionda, o árbitro uruguaio da decisão, adora cartão vermelho: foram cinco jogos na Libertadores e sete expulsões. Ano passado, foram duas no Morumbi: Josué e Fabinho.

Palpite? O blog não se atreve.

*Fotos: Blog do Lédio Carmona, com os devidos agradecimento. O texto sobre o jogo de hoje merece também uma visita.

Spurs 3 x 0

Fabio Sanches

Duncan está literalmente com a mão na taça. Mesmo em Cleveland, os Cavaliers caíram por 75 a 72 e precisam vencer os próximos quatro jogos que restam na série.

Impossível? Não. Mas muito difícil.

Será que os Spurs fecham em 4 a 0 como muitos dizem? Eu apostei desde o início que não seria assim tão simples, mas se o trio Duncan, Parker e Ginóbili continuar jogando com esta confiança e entrosamento a coisa complica para o promissor e habilidoso LeBron James.

terça-feira, junho 12, 2007

Spurs 2 x 0

Fabio Sanches

Foi um massacre em San Antonio. Logo nos dois primeiros quartos, o time da casa abriu mais de 20 pontos de diferença e apenas manteve o ritmo no restante do jogo.

O time de Lebron teve de amargar a segunda derrota, com o placar de 103 a 92, após esboçar uma reação quando os reservas dos Spurs entraram em quadra. Os comentaristas norte-americanos dizem que esta pode ser a final mais fácil da história.

Há, no entanto, uma luz no fim do túnel. Contra o Detroit, pelas finais da Conferência Leste, os Cavs começaram perdendo por 2 a 0 e viraram a série por 4 a 2. Os próximos três jogos serão em Cleveland e LeBron é a esperança.

Gênio Hamilton

Fabio Sanches

Ele levou. Fez a pole e liderou a corrida do Canadá de ponta a ponta, enquanto a favorita Ferrari errou com Felipe Massa e viu Kimi Raikkonen chegar apenas em 5º.

Em sua primeira temporada Hamilton já faz história: É o quarto mais novo a vencer uma corrida de F-1 e subiu ao pódio em todos os Grandes Prêmios até agora.

Chamá-lo de gênio é exagero? Bem, a imprensa do Reino Unido já classifica o jovem como "herói britânico". O que não dá pra negar é que Hamilton é favoritíssimo ao título, após mostrar regularidade em seu desempenho.

Ah, ele assumiu a liderança isolada do campeonato.

Acidentes

O GP do Canadá foi marcado por quebras e acidentes. O mais impactante foi, sem dúvida, o de Robert Kubica, que perdeu o controle do carro e bateu em alta velocidade no muro. Depois capotou pela pista e quase colidiu com outros competidores. Com sorte, fraturou apenas uma perna.

Apenas doze carros terminaram a corrida. Massa foi desclassificado após sair dos boxes sem permissão. Erro da equipe que não o avisou.

Mesmo com tantas baixas, Barichello ainda não marcou seu tão sonhado pontinho de honra. Chegou em último. Nada a comentar.

segunda-feira, junho 11, 2007

Tricolor cai no Morumbi

Dante Baptista

Muricy vai ter trabalho.

Ontem, no Morumbi, o Sâo Paulo até que jogou bem. Foi superior ao Atlético-MG, que pouco fez no primeiro tempo. Criou mais, teve chances, mas nenhuma clara. Porém, a tendência era de que o Tricolor marcasse a qualquer momento.

E o primeiro tempo seguiu nesse diapasão, mas gol mesmo, nada.

Veio o segundo tempo, Dagoberto e Jorge Wagner jogavam bem, mas era pouco. O time ainda não criava. E Leandro ainda foi expulso, para piorar.

Pouco depois, saiu o gol atleticano, que sepultou as esperanças sãopaulinas. Se a defesa foi bem - o gol foi sem querer - o ataque preocupa. Dagoberto cria, mas Marcel, Borges... ninguém ajuda. Meio-campo? que meio-campo?

* * *

* Valeu pelo poder de reação do Corinthians, mais do que pela técnica. Carpegiani mexeu com os brios dos seus jogadores, e o Timão saiu com a vitória em Natal. A notícia que preocupa é que Eduardo Ratinho e Willian estão na mira do Benfica e podem nem voltar do mundial sub-20.

* Golaço de Alexandre Pato contra o time reserva do Santos. E Roger, que jogou no lugar de Fabio Costa, esqueceu um dos fundamentos básicos de um goleiro. Nunca espalmar para frente, dentro da área.

* O Palmeiras perdeu todos os gols que podia no Parque Antártica. Tanto que acabou tomando um gol de André Lima, quando era melhor. E Dodô ainda perdeu uma chance incrível no final do jogo. Saiu barato o empate

* 1002. Romário marcou dois contra o Grêmio. Um deles, ao seu melhor estilo. Recebeu dentro da área de costas, girou e bateu. Nem parecia que tinha 41 anos. Com a goleada, o Vasco chegou à liderança do Brasileirão. Graças à Copa do Brasil e Libertadores, já que enfrentou Fluminense e Grêmio com seus times reservas.

sábado, junho 09, 2007

O erro de Zé Roberto

Dante Baptista

Zé Roberto anunciou, nesta sexta, a saída do Santos. Até aí, todos já sabiam. Porém, o craque revelou, em entrevista coletiva, que não disputará a Copa América pela Seleção Brasileira.

Alegou que, por ter 32 anos, dificilmente disputaria a Copa de 2010 e, por já ter 10 anos de Seleção, era a hora de dar espaço aos mais jovens.

O camisa 10 do Santos sempre foi um atleta elogiável. Nunca foi visto fora de forma, sempre titular por onde passou, bem articulado, dá boas entrevistas e, principalmente, bons exemplos. Mas, dessa vez, falhou.

Diferente de Kaká e Ronaldinho, que pediram a dispensa antes da convocação, Zé preferiu fazê-lo depois de convocado. E a atitude tem outro peso, sim. A dispensa deixa o técnico sem comando, sem opções e, principalmente, sem moral como comandante.

Segundo o GloboEsporte.com , o destino de Zé Roberto deverá ser o Bayern de Munique, que já deixou o caminho livre para a sua contratação, já que o clube alemão exigia que ele não disputasse a competição.

Foi mal nessa, Zé.

* * *
* Pior que a atitude de Zé é saber que a Seleção não terá um substituto à altura. Os mais cotados para integrar a Seleção na Copa América são Lincoln e Julio Baptista.

* Enquanto o São Paulo sente uma carência enorme de volantes, o Santos deve anunciar Kléberson como reforço. O blog já havia lembrado do jogador no início do ano.

sexta-feira, junho 08, 2007

Spurs 1 x 0 Cavs

Fabio Sanches

A parada é dura para LeBron e cia. Este blog já anunciou que não seria nada fácil quebrar o trio Duncan, Parker e Ginóbili, favoritos ao título e ainda com um mando de quadra a favor.

Jogando em San Antonio, o Spurs se manteve na frente. Com muita experiência, Tony Parker anotou 27 pontos e Duncan fez 24, além de pegar 13 rebotes.

O Cleveland precisa pensar alguma forma de neutralizar os favoritos. Varejão foi bem e anotou dez pontos. Como seria de se esperar, a marcação em James esta duríssima. O San Antonio segue rumo ao título, mas será que os Cavs podem reverter o resultado?

Xeneízes x Imortais

Dante Baptista

Não vai ser uma simples final de Libertadores. Não mesmo! Além de reunir dois dos mais tradicionais clubes sul-americanos, Boca Juniors e Grêmio terminarão, nestes dois jogos, os últimos dois capítulos de uma epopéia.

A Epopéia Xeneíze começou quando o clube argentino não se classificou para a Libertadores 2006 e viu, mais uma vez, dois rivais brasileiros decidirem o título. Continuou com a perda do título nacional, no saldo de gols, jogando em casa. Mas, para 2007, a história mudou. Riquelme foi contratado com a missão de levar o Boca ao título da Libertadores...

Já a Epopéia de um Imortal começou no estádio dos Aflitos, em Pernambuco, no final de 2005. O Náutico precisava de um empate para se classificar e ir à Série A. O Grêmio precisava vencer. Pênalti para o Náutico, Gallato defende. O Grêmio tinha apenas 7 jogadores. Foi quando Anderson, promessa de craque, passou pela defesa pernambucana e tocou na saída do goleiro. O Tricolor Gaúcho estava classificado para a primeira divisão.

Em 2006, conseguiu vencer um título gaúcho em pleno Beira-Rio e, no Brasileiro, conseguiu a classificação para a Libertadores. E, se os anos anteriores não foram fáceis, 2007 foi mais emocionante ainda. Nas semifinais do Gauchão, perdeu o primeiro jogo para o Caxias, 3 a 0. E reverteu.

Reverteu, como reverteria todas as situações adversas. Desde a classificação para as oitavas da Libertadores, a eliminação do São Paulo, do Defensor e o Santos. (que será contada daqui a pouco).

Dizer que são dois jogos imperdíveis é chover no molhado. Melhor dizer que perder essa final é não ver a história.

* * *

* Renato Gaúcho venceu sua primeira competição como técnico de futebol. E o Fluminense, depois de 23 anos, volta a vencer uma competição nacional. Com a vitória por 1 a 0 diante do Figueirense, em Florianópolis, o Tricolor das Laranjeiras é o primeiro clube brasileiro classificado para a Libertadores. Depois de 3 técnicos, um começo conturbado, é a hora de planejar uma boa temporada em 2007 e um 2008 melhor ainda.

* O Santos bem que tentou. Diga-se de passagem, fez uma excelente partida. 3 a 1 no Grêmio, domínio total de jogo, ótima partida de Renatinho, Zé Roberto e Fábio Costa. Mas um erro, um únco erro, foi fatal. No lance do gol de Diego Souza, uma falha de marcação matou o Santos.

* Já o Boca, que não perdeu nenhum jogo na Bombonera, ontem parecia flutuar em campo. 3 a 0 diante do bom time do Cúcuta, foi pouco. Aliás, a equipe colombiana parecia não ter entrado em campo, apenas o goleiro Zapata, que impediu um desastre maior com excelentes defesas.

* Quem também não entrou em campo foi o Pachuca, que foi goleado pelo Internacional, 4 a 0. Alex, Iarley e Pato comandaram a equipe, que tem o bom Pinga, no meio de campo. A paz volta a reinar no Beira-Rio.


terça-feira, junho 05, 2007

Ai ai ai, Dunga

Dante Baptista

Era o último (e único) teste para a Copa América. E, ao mesmo tempo, a última chance de observar novos jogadores recém-convocados, como Jô, Afonso Alves, Doni, Naldo e Alex Silva.

Mas era também um amigstoso conrta o time da Turquia, que tem qualidade.

Se a defesa, principalmente Doni e Naldo, agradou, o mesmo não pode se dizer do setor de criação, que foi nulo. Resultado, um 0 a 0 horrível de assistir.

Para começar, Kaká e Ronaldinho ficaram no banco, enquanto Dunga reeditava o trio que deu o primeiro Brasileirão ao Santos, com Diego, Robinho e Elano. Josué e Edmilson na marcação, Alex e Naldo na zaga, Marcelo e Maicon nas laterais. Afonso era o centroavante.

No primeiro tempo, o Brasil não criou nada, e irritou Dunga e os telespectadores. No segundo, Ronaldinho entrou para dar mais movimentação (e cumprir as famosas cláusulas contratuais da CBF) à equipe.

Afonso Alves e Diego perderam gols, Dunga mudou o time, que não mudou o placar. 0 a 0.

Do amistoso, algumas perguntas:

* Alex Silva foi convocado e não jogou. Por que foi convocado então? E Jô, para jogar 15 minutos?

* Por que fazer observações na última convocação antes da Copa América? O time deveria chegar pronto, ou precisando apenas de poucos ajustes?

* Sobre Ronaldinho e Kaká, ficou claro que a convocação deles foi uma cláusula contratual. Se não foi, por que foram convocados?

*Fotos: GloboEsporte.com

segunda-feira, junho 04, 2007

Mal, mas venceu

Dante Baptista

Caiu o último time 100% do Brasileirão, o Paraná Clube. 1 a 0 para o São Paulo, que não jogou bem novamente. Jogo morno, poucas chances criadas de ambos os lados.

O gol tricolor foi de Rogério Ceni, de pênalti, que é o artilheiro do time com dois gols. E sim, foi pênalti. Marcos Adriano não precisava sair do gol naquela hora, ainda mais porque Aloísio estava de costas para o gol, sem chance de fazer nada.

A saída de gol de Marcos Adriano foi idêntica à de Fábio Costa na final do Paulistão. A diferença é que o goleiro santista foi mais espalhafatoso.

Festa para Rogério Ceni, que chegou a 300 jogos no Brasileirão.

Mas os paranistas têm razão de reclamar do lance do impedimento. Me pareceu que o jogador que cabeceou estava em posição legal.

Só que Pintado, técnico do Paraná não pode dizer que existiu uma pré-disposição ao erro e insinuar que a atuação da arbitragem foi proposital para ajudar o clube paulista.

* * *

* Bom jogo na Vila. O Corinthians mostrou que pode surpreender positivamente no Brasileiro e empatou com o time reserva do Santos. Melhor que isso, o Timão jogou bem e criou mais chances que a equipe santista. Fábio Costa falhou feio no primeiro gol e Felipe também falhou no gol de empate.

* Os reservas do Figueirense venceram o Goiás e os do Fluminense empataram com o Vasco. A final da Copa do Brasil é completamente imprevisível. Tão imprevisível quanto a semi-final entre Santos e Grêmio.

* Dessas coisas que acontecem com os técnicos no Brasil. O Palmeiras perdia para o Cruzeiro, Martinez era o melhor do Palmeiras e Caio Junior, no intervalo, sacou Martinez! William criou mais e o time mereceu vencer, mas a trave atrapalhou, por quatro vezes. Advinha o que Caio Junior ouviu da torcida no Palestra Itália?