Dante Baptista
Boca campeão da Libertadores. 2 a 0, sem maiores sustos. Dois gols de Riquelme, um deles um golaço. Riquelme foi escolhido o melhor da final, pela atuação nos dois jogos. Em cinco gols, fez três e participou diretamente de outros dois.
O Grêmio foi afobado, pouco ordenado e, principalmente, pouco ousado. Abusou da ligação direta entre defesa e ataque e não envolveu o Boca. As únicas jogadas lúcidas saíam dos pés de Lúcio (!) e Carlos Eduardo. Pouco para um time que teria de reverter uma diferença de três gols.
A diferença entre Boca e Grêmio é uma só. Os xeneízes têm um craque, um camisa 10, diferente do Grêmio.
O time gremista ontem foi o reflexo do atual momento do futebol brasileiro. Entre as equipes que disputam a série A, nenhuma delas tem um craque, um jogador consolidado, capaz de decidir. O Santos, único nessa condição, perdeu Zé Roberto.
E por quê é tão difícil ter um craque no Brasil?
Em primeiro lugar, porque não há dinheiro. Nenhum clube dispõe hoje de verba suficiente para competir com os salários europeus. Então, trazer jogadores é quase inviável.
E, com um calendário que deixa o Brasil frágil, perdemos nossas promessas no meio do campeonato nacional. O São Paulo, campeão brasileiro em 2006, começou o campeonato com uma escalação e terminou com outra, bem diferente. O mesmo pode se aplicar ao Corinthians, por exemplo.
quinta-feira, junho 21, 2007
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