terça-feira, outubro 23, 2007

Língua queimada

Fabio Sanches

Apostei, no começo da temporada, que Hamilton seria campeão da F1. Como todo palpiteiro de plantão, corri o risco de dar um tiro no pé com tal declaração. Chamei-o de gênio e me deixei levar pelo jeito equilibrado e regularidade durante as provas. Queimei a língua

O esporte pregou mais uma de suas peças. Era improvável, impensável, mas Raikkonen levou o caneco mesmo estando atrás de Hamilton e Alonso na classificação geral antes da última corrida.

Não é desculpa, mas ficou claro que faltou maturidade para Hamilton e jogo de equipe para a Mclaren, que não conseguiu segurar o ego de suas estrelas. A Ferrari começou o ano com pior carro, mas foi se acertando. Errou feio com Massa algumas vezes, mas venceu no final, mesmo sem Schumacher.

terça-feira, outubro 09, 2007

O choro de Betão

Fabio Sanches

Aconteceu o impossível?

Não. O Corinthians podia muito bem ganhar. Não vou nem entrar na questão de que "em clássico tudo pode acontecer".

Analisem os fatos. Quem precisava mais da vitória no momento? Sim, o Corinthians.

O São Paulo não contava com Dagoberto e Leandro, homens que dão mobilidade ao esquema de três zagueiros do Muricy. Tire o motor do carro e veja o que acontece.

Aí o Muricy inventa André Dias como volante. E o time, que já não tinha mobilidade, fica estático. Com essa formação ultra-defensiva, o 0 a 0 estava de bom tamanho para o São Paulo.

Mesmo porque o Corinthians não veio disposto a atacar. 5-3-2.

E a aposta foi bem mais acertada. Com humildade e força de vontade, o popular time fez um gol de bola parada com Betão. Ele mesmo, que tinha sido negociado, depois voltado.

Ele que tem um vídeo no You Tube contemplando seus piores momentos.

E Betão chorou.

Chorou não como são-paulinos, porque esses não têm o direito de chorar. Chorou como um corinthiano, engasgado, cujas lágrimas mal caem e o grito quase não sai.

No mesmo dia, encontrei-me com alguns corinthianos. Todos roucos.

quarta-feira, outubro 03, 2007

A Roberto Dias

Fabio Sanches

Futebol com classe. É assim que recordo Roberto Dias, um mestre.
Quando era pequeno, lembro de suas brincadeiras ao ensinar um pouco de futebol aos pequeninos que frequentam o clube de assiociados do São Paulo. Tive contato com ele. Era calmo, brincalhão e amava o futebol.
Se foi, mas deixa muitas saudades. Ou melhor, deixa é inspiração de que o futebol pode ser jogado como jogava Roberto Dias, o melhor marcador de Pelé.