Com raça e inteligência, Grêmio na frente

Fabio Sanches

Não foi um simples 2 a 0 para o Grêmio. O time gaúcho foi superior em quase todos os fundamentos durante o jogo e não deixou o Santos, do renomado técnico Wanderlei Luxemburgo, se articular em campo.

A tática de Mano Menezes foi simples. Forte marcação adiantada no primeiro tempo e, depois de marcar dois gols, apostou nos contra-ataques nas costas dos laterais santistas.

Como Adaílton e Ávalos são muito limitados na saída de bola, logo o Santos cedeu.

Digamos que, ao ver a superioridade tática do time gaúcho, Luxemburgo apelou para as substituições que vinha fazendo no campeonato paulista. Tirou o lateral direito Alessandro e colocou Pedrinho. Sacou Jonas para a entrada de Tabata.

Resultado: Congestionamento no meio de campo. Ele até tentou jogar Pedrinho de um lado, Tabata do outro e Zé Roberto no meio. Maldonado foi pra lateral e acertou um pouco o setor. O que era para abrir espaços, diminuiu. Kléber subiu menos e Cléber Santana, que já não estava bem, virou o segundo volante até ser substituído pelo atacante Moraes.

Depois que o jogo acabou, Luxa reconheceu. "Era para o Grêmio ter se classificado hoje. Como foi apenas 2 a 0, o Santos ainda tem uma chance".

Agora, será que munir o meio de campo de armadores e desestruturar o esquema tático do Santos era a melhor opção de Luxemburgo?

Spurs soberano

Fabio Sanches

Foi mais fácil que tirar doce de criança. O jovem e indefeso time do Utah não foi páreo para Duncan e companhia, que venceram por 109 a 84 e foram campeões do oeste pela terceira vez em cinco anos.

A série terminou 4 a 1, enquanto muitos pitacos antes dos jogos era de que o Spurs venceria até por 4 a 0.

A vantagem maior do Spurs, no entanto, foi que, do outro lado, no leste, a disputa está pegando fogo, o que permite um certo descanso e preparação para a finalíssima da NBA.

Será que os Cavs ou os Pistons serão capazes de vencer os "man in black" do Spurs?

A vez é de LeBron

Fabio Sanches

Ele respondeu o que não precisava responder. Com a segunda boa atuação consecutiva nas finais, o ala do Cleveland Cavaliers LeBron James fez 25 pontos, deu 11 assistências e pegou sete rebotes.

Pra dar uma idéia: ele fez 13 pontos só no último e decisivo quarto, quando os comentaristas do jogo, principalmente o ex-jogador Charles Barkley, já o criticavam.

O que acontece é que o número 23 dos Cavaliers (sim, é o mesmo número da camisa de Jordan, propositalmente) sofre pressões como se tivesse a obrigação de responder com atuações dignas de "o melhor do mundo".

É engraçado que é a mídia que coroa LeBron e o eleva a décima potência. No entanto, adivinha quem condena James quando ele não tem um desempenho esperado durante o jogo? É, não preciso nem responder...

Se o Cleveland for eliminado pelo Detroit não significa minimizar o talento de LeBron, mas sim dar tempo ao jogador. Aliás, ele já fez muito levando um time como o Cavaliers para a final da conferência. E não fez isso sozinho.

Com um pé na final

Fabio Sanches

É ruim ficar elogiando o argentino, mas fazer o quê?

Manu Ginóbili, do San Antonio Spurs, deixou seu time com um pé na final da temporada 06/07 da NBA na noite passada. Ele guiou o Spurs para a vitória contra o Utah Jazz, na casa dos adversários.

Com isso, a série fica 3 a 1 para o Spurs, que joga o próximo em casa, podendo fechar a série.

Na hora que aperta, o argentino chama a responsabilidade. Quando Duncan e Tony Parker estão esgotados, surge Ginóbili para fazer a diferença. Quando dois times de basquete do mesmo nível se enfrentam, quem ganha o jogo é o banco.

Enquanto isso, do outro lado...

A expectativa gira em torno de LeBron James. Depois de duas participações apagadas em Detroit, ele acabou com o jogo em Cleveland. A série segue 2 a 1 para os Pistons e o quarto jogo é hoje, na casa dos Cavaliers.

Vale ressaltar também a experiência que Varejão está adquirindo nesta fase final. Ele tem jogado cerca de 15 minutos por partida. Ainda não há muita regularidade, mas garra e disposição não faltam ao brasileiro.

Menos um

Já era esperado que Leandrinho não jogasse o Pan. Agora ficou certo. Ele sofreu uma lesão e vai operar o joelho esquerdo. Não dará tempo de se recuperar até os jogos no Rio.
Agora, a falta de organização do basquete brasileiro parece brincadeira, não?

A lista do Dunga [Reloaded]

Dante Baptista

Dunga divulgou uma lista com 34 jogadores pré-convocados para a Copa América. Várias surpresas marcaram a lista, como o retorno de Zé Roberto, a convocação de Lincoln e Diego, do Atlético-MG.

O blog vai dar uma de treinador e cortar 12 jogadores e definir o time titular, além de, obviamente, dizer o que achou dos nomes.

Goleiros
Doni - Roma
Helton - Porto
Diego - Atlético Mineiro
Apesar de jogadores como Bruno, Diego Cavalieri, Rogério Ceni e Fábio Costa estarem em ótima fase, Dunga optou pela convocação do jovem Diego, de 21 anos, visando as Olimpíadas. É uma aposta, mas Diego ainda precisa amadurecer.

Laterais
Maicon - Internazionale
Cicinho - Real Madrid
Daniel Alves - Sevilla
Kléber - Santos
Marcelo - Real Madrid
Gilberto - Hertha Berim
Nenhuma surpresa. Todos os jogadores já tiveram chance com Dunga. Ainda não entendo o porquê de Maicon estar na lista, mesmo jogando bem na Inter. Marcelo é aposta para a seleção olímpica. Roberto Carlos e Cafu fazem falta.

Zagueiros
Alex Silva - São Paulo
Alex - PSV
Naldo - Werder Bremen
Thiago Silva - Fluminense
Edu Dracena - Fenerbahçe
Juan - Bayer Leverkusen
A exceção de Juan, Dunga só convocou zagueiros novos. Miranda é melhor que Alex Silva, mas o estilo de jogo do 'Pirulito' é mais vistoso. Thiago Silva? Por que não Pepe, do Porto?

Meio-campistas
Edmílson - Barcelona
Julio Baptista - Arsenal
Lincoln - Schalke 04
Mineiro - Hertha Berlim
Zé Roberto - Santos
Josué - São Paulo
Morais - Vasco da Gama
Anderson - Porto
Diego - Werder Bremen
Elano - Shakhtar Donetsk
Fernando - Bordeaux
Gilberto Silva - Arsenal

Julio Baptista e Lincoln são as novidades na lista. O primeiro fez uma temporada irregular no Arsenal e precisa se adaptar melhor ao futebol inglês. Já Lincoln vem sendo destaque do Schalke há algum tempo. Anderson é ótimo jogador e merece a convocação. Fernando e Edmilson, por que? Renato Augusto vem em momento melhor que Morais, por exemplo. Zé Roberto é o toque de experiência no meio-campo brasileiro.

Atacantes
Fred - Lyon
Afonso - Heerenveen
Robinho - Real Madrid
Carlos Eduardo - Grêmio
Jô - CSKA Moscou
Rafael Sobis - Bétis
Vagner Love - CSKA Moscou
Ataque com promessas, que ainda precisam desencantar. Exceto Robinho, já consagrado, todos os outros ainda precisam demonstrar mais para merecer a vaga de Camisa 9. Vagner Love é reserva de Jô no CSKA, Fred se recupera de contusão. Carlos Eduardo é uma aposta, mas existem jogadores melhores. Afonso ainda precisa ser apresentado e testado na Seleção. Ronaldo ainda faz muita falta.

Os cortes: Diego; Maicon; Marcelo; Thiago Silva; Edu Dracena; Edmilson; Fernando; Morais; Lincoln; Afonso; Jô e Carlos Eduardo.

O time titular do blog: Doni, Daniel Alves, Alex, Juan e Kléber; Josué, Mineiro, Diego e Zé Roberto; Robinho e Fred.

O provável time do Dunga: Helton, Daniel Alves, Alex, Juan e Gilberto; Gilberto Silva, Mineiro, Elano e Diego, Robinho E Fred (Vagner Love)

O blog recomenda

Romário, uma históbra brasileira.

Belíssimo documentário do repórter Lucio de Castro. Mostra a trajetória de Romário desde os tempos de Estrelinha, a influência da família e o caminho para o sucesso, que é o mesmo de vários brasileiros excluídos da sociedade: o futebol ou a carreira artística, ou na pior das hipóteses, o crime.

Quem ama futebol e tem sensibilidade vai, com certeza, se emocionar.

Também vale a pena pelos vídeos exclusivos antes e depois das partidas próximas do milésimo gol.

Fique atento a programação do SporTV e divirta-se

Em pílulas:

Dante Baptista

* Lewis Hamilton aprendeu sua primeira grande lição na F1. Depois de forçar o carro para tentar superar Alonso, recebeu ordens da McLaren para diminuir o ritmo e não partir para cima do companheiro. Uma eventual briga por posições, em Mônaco, poderia resultar numa quebra dupla da equipe inglesa.

* O conteúdo da lição foi: Lewis, você é o segundo piloto da equipe, não vá para cima. A orientação gerou suspeitas da FIA, que investigará a equipe.

* Nalbert foi um dos principais destaques das duas vitórias do Brasil diante da Coréia do Sul. O velho capitão entrou, no segundo jogo, já com o jogo em andamento e deu mais poder de fogo à equipe. Bem vindo de volta, capitão!

* Jogo feio no Morumbi. Pior para quem? Para o São Paulo, que vinha jogando feio há tempos.

* Edimundo teve mais um dia de 'Animal' em campo. Deu uma entrada desleal em Miranda e, depois de substituído, aos 40 minutos do segundo tempo, saiu revoltado e sequer cumprimentou Caio Junior.

* Mais um para a nova geração de goleiros do Brasil. Diego, do Atlético-MG, que fechou o gol contra o Corinthians.

* A Fifa proibiu a realização de partidas acima de 2500m de altura. La Paz, Quito e Cuzco, por exemplo, não poderão sediar jogos. Sempre foi desumano jogar com uma altitude dessas, mas só depois da reclamação do Flamengo, que a Fifa atendeu. É a força brasileira nos bastidores...

* O Paraná Clube, do recém contratado Pintado, é o líder do Brasileirão, com 9 pontos em três jogos. Josiel, atacante paranista, é o artilheiro, com 5 gols. Mesmo assim, o Paraná não aguenta a pressão de um campeonato longo, como é o Brasileiro. Mas que Josiel pode ser artilheiro, pode.

Liga Mundial

Dante Baptista


Começa hoje corrida do Brasil pelo heptacampeonato da Liga Mundial. Campeão em 1993, 2000, 2001 e 2003 a 2006, o time de Bernardinho terá duas lutas diferentes: para manter a hegemonia da Seleção e começar uma renovação que mantenha o Brasil no mesmo nível.

Para a segunda luta, Bernardinho já definiu sua tática. A fase classificatória da Liga será disputada pela equipe reserva do Brasil, ou, a Seleção Brasileira de Novos.

Jogadores que se destacaram na Supreliga masculina e outros mais experientes terão que dar conta do recado, já que a equipe titular se prepara para a fase final da Liga e a disputa do Pan.

Bruninho, Samuel, Rodrigão (capitão), Eder e Alan (Líbero) já estão garantidos como titular. Minuzzi, Thiago Murilo e Nalbert disputam as vagas de ponteiros.

Sim, o mesmo Nalbert, grande jogador da história do volei e capitão dessa geração volta, com a ansiedade de um menino. Ele deve ser a grande incógnita da Seleção. Depois de uma passagem frustrada pelo volei de praia, Nalbert voltou, sem o status que tinha anteriormente. Aceitou a missão e voltou para ajudar a equipe.

Fica de olho, Brasil!

Apesar da hegemonia brasileira ser latente, outras equipes já estão se armando para reverter o poderio nacional. A aposta de mescla entre juventude e maturidade é a marca dos outros candidatos a levantar o caneco: Itália, Bulgária, Polônia, Sérvia, Rússia e França.

Bruninho, a promessa:

Ele é filho do técnico Bernardinho, mora com também levantadora Fernanda Venturini (mulher do técnico da Seleção) e, até por isso, não poderia jogar em outra posição, que não fosse levantador. A verdade é que o garoto demonstrou que tem talento para a posição. Já tem duas finais de Superliga (e um título, além de ser o capitão do Florianópolis) e deve liderar, em breve, a linhagem de grandes levantadores do Brasil.

Avanti, Rossoneri

Dante Baptista

O mundo do futebol parou para ver. Era a reedição da final de 2005, em Istambul, quando o Liverpool venceu um jogo praticamente perdido. E que ficou entalado na garganta milanista, que jogou melhor na ocasião.

Desta vez, o jogo prometia ser diferente. E foi.

O Liverpool controlou as ações ofensivas, obrigou Dida a trabalhar muito e se redimir das duas falhas na última final. E, no momento que os reds pareciam mais próximos de chegar ao primeiro gol, falta para o Milan. Pirlo bate - Reina estava no lance - a bola desvia em Inzaghi e entra. 1 a 0 Milan.

Pippo, que era reserva no começo da competição, mostrou que tem estrela e sabe decidir quando é exigido. E, por falar em estrela, Kaká não tinha aparecido muito.

O segundo tempo começou com a equipe inglesa criando mais, mas concluindo mal. E Rafa Benitez esperou até o 34º minuto para Colocar Peter Crouch no jogo. Enquanto isso, o 'sumido' Kaká deu mais uma aula sobre o que Claudio Coutinho chamava de ponto futuro. O passe para Inzaghi marcar o segundo gol foi de craque. A conclusão da Pippo também.

Destaque para Maldini, capitão, jogando muita bola e que conquistou sua quinta Champions, em oito finais. Dida, que se redimiu da última final e Gattuso, que corre tanto, que ninguém percebe que erra tantos passes.

A decisão ontem, em Atenas, foi o final de uma epopéia rossonera. O Milan, envolvido no Calcciocaos, começou a Série A com 8 pontos negativos e ainda precisou jogar a fase classificatória da Champions. Agora, pode gritar: É CAMPEÃO!

* * *

* O Fluminense, aos trancos e barrancos, chega à final da Copa do Brasil. Empatou ontem com o Brasiliense e está a dois passos da Libertadores-2008. Incrível, não?!

* Já o badalado Botafogo, com o melhor futebol do Brasil, perdeu sua segunda chance de título no ano. Cozinhava o jogo contra o Figueira, já esperando os pênaltis. Quando Claiton Xavier chutou e Julio Cesar (que evitou o milésimo de Romário) aceitou. Frangaço!

* Tudo bem, Ana Paula de Oliveira errou dois lances de impedimento em gols do Botafogo. Mas nada justifica a entrevista coletiva do vice-presidente do Botafogo. Muito menos chamar o time do Figueirense de medíocre e ofender a bandeira.

* Até porque, se o Botafogo chegou às semifinais, foi graças ao erro de arbitragem contra o Atlético-MG.

* Grêmio é sempre Grêmio. Quem apostava que dessa vez não ia dar, errou. Nos pênaltis, a equipe gaúcha está nas semi-finais...

* ... E pega o Santos, que se complicou num jogo contra os reservas do América. Mas ganhou e é sim, forte candidato ao título.

* O Santos tem mais time, mas o Grêmio tem a cara da Libertadores.

* Rafa Benitez em noite de Muricy. Deixou Peter Crouch no bancoe só colocou o atacante no jogo aos 34 do segundo tempo. Lembrando uqe ele já fez lambança semelhante na final do Mundial, contra o São Paulo.

A revanche

GloboEsporte.com / UEFA

Os dois astros da final de hoje, Kaká e Gerrard, em foto promocional da UEFA.

Dante Baptista

Para quem acredita na existência dos tais deuses do futebol, o dia de hoje será uma prova cabal. Dois anos depois, Milan e Liverpool disputam a final da UEFA Champions League.

Seria uma simples reedição da final de 2005, não fosse um pequeno detalhe. Naquela ocasião, a equipe italiana vencia por 3 a 0, ainda no primeiro tempo. Mas os rossoneros tiveram um apagão (especialmente Dida, com duas falhas) e os reds empataram.

3 a 3 no tempo normal, e na decisão, brilhou a estrela de Dudek, e o Liverpool levou a melhor. No Mundial, perdeu para o São Paulo.

As escalações são parecidas, os treinadores são os mesmos e as estrelas também. Gerrard é o ponto de equilíbrio dos reds, homem que dá o tom do meio campo e tem excelente bola parada. Kaká, pelo time rossonero, é o fator de desequilíbrio. Em excelente fase, tem 10 gols na competição e é, disparado, o melhor jogador.

O Milan joga com um 4-5-1, recheado de volantes. Os laterais, Oddo e Jankulovski, apoiam pouco. A parte criativa cabe a Kaká e Seedorf armar o time. Como o holandês marca mais, o brasileiro vira o cérebro da equipe. Gillardino ou Inzaghi tem a tarefa de fazer os gols.

Já o Liverpool joga no tradicional 4-4-2 inglês. Uma linha de quatro zagueiros, fixos atrás dop meio campo. O meio campo joga em linha, com quatro jogadores que sabem defender e sair. Gerrard e Zenden (que, no Barça, era tido como melhor que o Rivaldo) armam a equipe e no ataque, a rapidez de Kuyt e os gols de Crouch.

Palpite? Não me atrevo.

Mas que os deuses do futebol deram uma segunda chance ao Milan, isso deram.

Quem leva?

Mexico?

Dante Baptista

Certas coisas no futebol fogem completamente ao meu entendimento.

Nesta quarta, o Santos recebe o América do México pelas quartas-de-final da Libertadores. Uma vitória simples classifica o time brasileiro.

Mas, com o 0 a 0 da primeira partida, o América também se classifica com uma vitória simples. E mesmo assim, conforme informou o blog do Juca, o clube vem para o país com apenas 14 jogadores e nenhum titular.

Por que?

Porque é finalista do Torneio Clausura (o campeonato nacional mexicano), e por não poder se classificar para o Mundial, caso vença a Libertadores, optou por priorizar o campeonato nacional. Nada mais justo, não?!

Mas então, por que o clube disputa a Libertadores? Aliás, nada de ufanismo, mas por que os clubes mexicanos disputam a competição, se não podem tirar nenhum proveito?

Porque são convidados da Conmebol. Só que, como convidados, não têm direito de disputarem o Mundial de Clubes da Fifa. Só clubes sulamericanos possuem essa prerrogativa. O próprio América disputou o Mundial no ano passado, mas como representante da Concacaf.

Vale a lembrança que, em 2001, Boca e Cruz Azul disputaram a final da Libertadores. O Boca venceu, mas, mesmo se perdesse, jogaria a final do Mundial. Isso deixa a pergunta no ar: quando a Conmebol vai resolver essa situação?

Cada coisa que eu não entendo, viu...

Mil!

Dante Baptista

Por obrigações profissionais, não acompanhei quase nada de futebol neste fim de semana. Não vi as boas partidas de Flamengo, Corinthians e Palmeiras, não vi a vitória do Botafogo, não sei como o São Paulo jogou... enfim, quase nada.

Mas um lance me obrigou a parar o que eu estava fazendo. Romário marcara, naquele momento, seu milésimo gol (de acordo com a sua contagem) contra o Sport-PE.

Sim, o maior jogador brasileiro desde que Pelé encerrou a carreira conquistou uma marca expressiva e do tamanho do seu futebol. Ele foi o segundo jogador a alcançar os 1000 gols. Antes dele, só Pelé.

Até por isso, é impossível não comparar. Romário marcou o milésimo também no canto esquerdo, de pênalti.

Porém, para mim, o milésimo gol já havia sido marcado. Foi no dia 25 de março, no Maracanã:

Bruno saiu mal, a bola sobrou para o lateral do Vasco, que cruzou para Romário. De costas, ele tocou para Conca e girou por trás da zaga. Recebeu o toque de primeira e fuzilou, de bico, no canto oposto do goleiro que...

... Defendeu, com o bico do pé. A bola saiu, pela linha de fundo. Escanteio para o Vasco, e Romário fez o sinal da cruz.

Seria o quarto gol do Vasco, em partida contra o Flamengo. A torcida vascaína chegaria ao Nirvana. Mas, a bola não entrou!

Os deuses do futebol, tão caprichosos, erraram ao escrever a história. Parabéns, Romário. O melhor atacante que eu já vi jogar, capaz de confundir até os deuses do futebol.

*Fotos: blog do Lédio Carmona. Com os devidos agradecimentos.
*Inspiração: Blog do André Kfouri, sobre o gol que não aconteceu.

E os verdadeiros favoritos apareceram!

Fábio Sanches

Todo fã de NBA já pensava que a mais provável final da Conferência Oeste seria Phoenix Suns contra Dallas Mavericks. Bem, o SanAntonio Spurs, que não costuma decepcionar, chegou favoritíssimo ao título após derrotar o time de Leandrinho e ver Nowitzki cair na primeira rodada.

O trio Tim Duncan (foto), Manu Ginóbili e Tony Parker comandam com frieza e maturidade o time, que cresceu muito com o início dos playoffs e enfrenta o Utah Jazz na final da conferência.

Eu ouso dizer que pintou o verdadeiro favorito, embora do outro lado esteja o fortíssimo Detroit Pistons, recém campeões e com elenco com muitas opções.

Se for esperar pra ver na TV aberta, desencana. Infelizmente as emissoras brasileiras ainda não apostam no esporte. A ESPN Brasil transmite, no entanto, parte dos jogos. Caso haja a possibilidade, vale a pena acompanhar.

A lista do Dunga

Dante Baptista

Nome a nome, o que o blog achou da convocação para os amistosos antes da Copa América.

Goleiros
Doni - Roma (ITA) - Justo! Já vinha merecendo a vaga.
Hélton – Porto (POR) - Ele é melhor que o Julio Cesar? Mas, pelos critérios do Gaúcho, vai bem. Foi testado e aprovado pela comissão técnica.

Laterais
Daniel Alves – Sevilla (ESP) - O melhor do mundo na posição. Convocação justa.
Maicon – Inter de Milão (ITA) - Até fez boa temporada, mas é fraco e pouco habilidoso.
Gilberto – Hertha Berlim (ALE) - Foi o reserva de Roberto Carlos na Copa. Como não apareceu ninguém melhor, segue.
Marcelo - Real Madrid (ESP) - Foi convocado quando ainda atuava no Fluminense. Não sabia que o Dunga acompanhava os jogos do Real Madrid B.

Zagueiros
Juan – Bayer Leverkusen (ALE) - Justo. Fez excelente Copa e não comprometeu depois
Alex - PSV - Há tempos merece uma chance. Deve ser titular.
Alex Silva - São Paulo - Merecido. Foi o grande zagueiro que surgiu no futebol brasileiro
Naldo – Werder Bremen (ALE) - Um dos melhores jogadores do campeonato alemão. Justo também

Meias
Gilberto Silva – Arsenal ( ING) - O cara é capitão do Arsenal. Nada mais justo.
Mineiro - Hertha Berlim (ALE) - Mineiro é mineiro. Deveria ser titular, mas não vai.
Edmilson - Barcelona - Edmilson? Vai treinar, se machucar e ser cortado.
Elano – Shakhtar (UCR) - Não me agrada, mas agrada o Dunga. Foi bem em todos os amistosos.
Diego – Werder Bremen (ALE) - Voltou bem. Merece a vaga.
Josué - São Paulo - Pena que, junto com o Mineiro, não será titular.
Kaká – Milan (ITA) e Ronaldinho Gaúcho – Barcelona (ESP) - Pediram dispensa da Copa América, mas vão para os amistosos.

Atacantes
Afonso - Heerenveen (HOL) - Tudo bem. Ele é artilheiro do campeonato holandês, bateu recordes, mas Seleção já é demais!
Vagner Love – CSKA (RUS) - É bom, mas não vinha como titular do time russo.
Robinho – Real Madrid (ESP) - Reassumiu a condição de titular e sempre rende bem na Seleção.
Jô - CSKA (RUS) - Aquele que foi do Corinthians? Não é possível não ter ninguém melhor que ele.

O velho Vamp e o novo Pedro

Dante Baptista

O Corinthians apresentará o lateral Pedro e o meio campo Vampeta, reforços para a disputa do Brasileirão e da Copa Sul-Americana.

Pedro disputou o Paulistão pelo Santos, se envolveu numa discussão com Vanderlei Luxemburgo sobre empresário e saiu do clube. Acabou contratado.

Vampeta, que jogou ano passado pelo Goiás (até agosto), estava treinando separadamente no Parque São Jorge. Depois de vetado por Leão, Carpeggiani autorizou sua volta.

Assim como Marcelinho, Ricardinho e Rincon, que também voltaram ao clube depois da maravilhosa passagem em 2000, quando foram campeões do mundo.

É bom lembrar que nenhum deles jogou bem em seu retorno.

Vampeta volta porque o Corinthians, num daqueles não-raros momentos de profissionalismo zero, perdeu Magrão, que se viu obrigado a voltar - sem querer - para o Yokohama Marinos.

Porém, em forma, Vampeta tem mais habilidade que Magrão, e uma enorme identificação com a torcida corinthiana. Se voltar a jogar o que sabe, pode ser o ponto de equilíbrio do jovem time corinthiano. Deve facilmente pegar a faixa de capitão.

E, para os mais fanáticos corinthianos, Vampeta nunca perdeu para o São Paulo.

Nowitzki: MVP!

Fábio Sanches

O Dallas Mavericks decepcionou nos playoffs, mas isso não foi suficiente para tirar o prêmio de MVP da temporada 06/07 do favoritíssimo Dirk Nowitzki. (clique para ver alguns lances do jogador)

É impossível negar que o primeiro europeu a receber o prêmio de jogador mais valioso da temporada não tenha sido decisivo para levar os Mavericks a alcançar a melhor campanha. No entanto, isto não fez diferença na primeira fase do mata-mata contra o frágil Golden State Warriors.

Nowitzki recebeu 1.138 pontos dos jornalistas norte-americanos e foi seguido pelo armador Steve Nash, do Phoenix Suns, com 1.013. Em terceiro ficou Kobe Bryant. Ainda receberam votos Tim Duncan, do Spurs e LeBron James, do Cavaliers.

Claro que ainda há o prêmio de melhor jogador dos playoffs, mas há uma moda de se eleger o melhor jogador de um campeonato do time derrotado. Lembram da Copa do Mundo de 2006, quando Zidane foi o melhor mesmo após a inesquecível cabeçada em Materazzi?

Você concordou com a escolha do MVP?

Entre a cruz e a espada

Dante Baptista

Nenhum outro enigma vai ditar o rumo do Campeonato Brasileiro como Muricy Ramalho.

É simples: ele tem um dos melhores plantéis do Brasil (senão o melhor) em mãos, mas não fez um bom começo de ano. Foi eliminado da Libertadores ainda nas oitavas-de-final e nas semi-finais do Paulistão.

Ser eliminado do Paulistão até passa (isso na visão de torcida e dirigentes), mas a Libertadores... Sair prematuramente da competição custa caro ao São Paulo, em termos de bilheteria, direitos de imagem, valorização dos atletas e, principalmente, a imagem do clube.

Por isso, logo na reapresentação, o São Paulo passou a operar sob intervenção do presidente Juvenal Juvêncio.

E intervenção significou aquilo que Muricy mais odeia: pitacos sobre a escalação do time. Leandro sequer foi relacionado, Aloísio foi cortado e reconvocado, mas ficou no banco, junto com Richarlyson, Souza e Jadilson. Dagoberto e Jorge Wagner foram titulares.

Inclusive, os dois gols sairam graças aos dois novos titulares. Jorge Wagner fez um golaço e Dagoberto sofreu o pênalti que Rogério marcou. Ou seja, 'vitória' do presidente.

Para ilustrar como a decisão sobre a escalação foi de 'ordens superiores', Borges e Hernanes, titulares na estréia do Brasileirão, sequer ficaram no banco contra o Grêmio.

O que tudo isso quer dizer?

Muricy não é unanimidade, e atualmente passa longe disso. A torcida já perdeu a paciência, alguns diretores também. Ou seja, o treinador trabalha agora sob constante pressão. Clima totalmente diferente da paz de 2006.

A pressão, que se refletiu na atitude e declarações de Juvenal, é ainda maior na medida que Paulo Autuori, campeão da Libertadores e do Mundial com o São Paulo e visto como modelo de educação e elegância pelos cardeais tricolores, está desempregado. Contribui para o lobby pró-Autuori as famosas patadas que Muricy dá nos jornalistas, ao melhor estilo Emerson Leão.

E, para apimentar o clima de tensão, o São Paulo pega o Palmeiras pela terceira rodada do campeonato, no Morumbi. O jogo será o reencontro dos torcedores com o time depois da eliminação na Libertadores.

Por tudo isso, dizer que Muricy balança no cargo não é exagero. O rumo do campeonato será definido assim que essas questões forem respondidas.

O caso de Muricy mostra como tudo no futebol é rápido e efêmero. Até fevereiro, era o melhor do Brasil, sem contestações. Com o tempo, passoua ser, 'apesar do Muricy, o São Paulo vence'. Com as eliminações, Muricy é alvo da execração pública.

A julgar...

Dante Baptista

Primeira rodada de Brasileirão. Com dois times disputando a Libertadores, outros quatro na Copa do Brasil, ainda não dá para ter noção do que esperar do campeonato. Ou seja, qualquer prognóstico com relação ao que foi visto neste fim de semana, é furada!

Por exemplo: alguém esperaria que o Santos tomasse um chocolate de 4 a 1 para o Sport-PE? Mas aí vem a explicação: o time da Baixada jogou com a equipe reserva.

O mesmo vale para o Figueirense, que, por conta da Copa do Brasil (que, no momento, é muito mais importante que o Brasileiro), que tomou 6 do Atlético Paranaense. O Grêmio, em "condições normais de temperatura e pressão", não perderia de 3 a o para o Paraná, com todo respeito ao time de Zetti.

Surpresas à parte, esse parece ser o campeonato da garotada. William e Lulinha no Corinthians, Guilherme no Cruzeiro, Paulo Cesar no Flamengo, Carlos Eduardo do Grêmio, e por aí vai. Muitos deles nem terminarão o campeonato por aqui, caso de Lucas, já vendido ao Liverpool.

Sabe o que isso significa?

Que os mais velhos serão novamente destaque do campeonato. Edimundo, contra o Flamengo, já mostrou o que é capaz de fazer.

A rodada foi boa para os paulistas, com 3 vitórias (São Paulo, Palmeiras e Corinthians) e uma derrota (Santos). Os cariocas venceram duas (Botafogo e Vasco) empataram com o Fluminense e o Flamengo perdeu.

O Galo venceu e o Cruzeiro cedeu o empate para o Flu. Os gaúchos perderam, paranaenses venceram , e no Nordeste, só o Sport se salvou.

Destaques da rodada

* O belo gol de Jorge Wagner contra o Goiás. De primeira, sem chances de defesa. Carimbou a vaga de titular.

* A atuação de Edimundo contra o Flamengo. Dois belos gols e um deles vai deixar a dúvida eterna: ele quis cruzar ou viu Bruno adiantado?

* O gol de Renato Augusto, num chute inspirado de fora da área.

* A goleada do Atlético-PR sobre o Figueirense. Time encardido esse Furacão.

* Fernandão (Inter) e André Dias (Vasco) perderam gols demais. A diferença é que André Dias marcou e o Vasco venceu o América-RN.

* Finazzi fez o único gol da vitória do Corinthians contra o Juventude.

*Fotos: Blog do Lédio Carmona. Com os devidos agradecimentos.

Deu Massa de novo!

Fábio Sanches

Quem diria que, na casa do bicampeão Alonso, Massa ocuparia, pela segunda vez na temporada, o lugar mais alto do pódio?

A vitória foi conquistada logo na primeira curva do GP da Espanha, quando Alonso forçou uma ultrapassagem sobre Massa, que largou na pole. O brasileiro fechou a porta para o espanhol, que foi para a caixa de brita, mas conseguiu terminar a corrida ainda em terceiro.

Agora, por incrível que pareça, Lewis Hamilton lidera o campeonato com 30 pontos e nenhuma vitória. Detalhe: ele é estreante e tem apenas 21 anos. Alonso fica com 28 pontos e é seguido de Massa, com 27.

A Globo não manda em tudo...

A Globo teve de escolher, neste domingo, se transmitiria o GP da Espanha ou a missa do papa em Aparecida. Com certeza, a maior emissora do país tentou mudar o horário da transmissão religiosa. Sem êxito.

Diante desta situação, para tentar não perder audiência, transmitiu a corrida até as 10 da manhã, quando mudou o sinal para Aparecida. O GP estava em seus instantes finais e quem venceu foi um brasileiro.

A idéia é transmitir o VT da corrida assim que a missa acabar. O problema é que todos já saberão o resultado.

Curiosidade automobilística

Para quem é realmente fã de Fórmula 1 vale destacar: Agora para saber qual o tipo do pneu (semi-macio ou duro), repare se ele possui uma listra branca. Se sim, ele é o tipo macio, caso contrário é o duro.

É obrigatório que os pilotos utilizem pelo menos um jogo de cada por corrida e algumas vezes esta escolha tem relação direta com o desempenho do carro e com a estratégia do piloto.

O que esperar do Brasileirão? [Parte III]

Dante Baptista

A parte final da prosaica análise dos 20 times que disputam o Brasileirão.

Os que preocupam
São aqueles que começam o Brasileirão em estado de alerta. Não devem almejar nada de muito expressivo, e, se não melhorarem muito, correm risco da degola.

Goiás - O blog errou feio ao colocá-lo neste grupo. Dono de boas campanhas nos últimos brasileiros, a equipe perdeu o último campeonato estadual e o técnico Geninho. Chegou Paulo Bonamigo. Porém, com Harlei no gol, Paulo Baier, Petkovic, Fabrício Carvalho e a promessa Wellington, o Goiás pode, sim, ir longe! Faz a estréia contra o combalido São Paulo e, se embalar, dará bastante trabalho na competição.
Quem pode decidir: Paulo Baier, Petkovic e Fabrício Carvalho.

Corinthians - Outra grande incógnita do campeonato. Alguns chegam, outros saem. Roger, Jean (o goleiro e o atacante) não disputarão o Brasileiro e Carpegianni chegou para comandar a equipe. Trouxe boas promessas do interior, entre elas, Felipe, destaque com a camisa 1 do Bragantino. As grandes apostas são nos meias Willian e Lulinha, recém-promovidos das equipes de base. Ainda precisa de reforços, ajustes e, mais do que isso, de organização fora de campo. Deve perder ainda Marcelo Mattos e Magrão, boas referências no setor defensivo.
Quem pode decidir: Willian, Lulinha (foto) e Magrão.

Paraná - Depois de fazer o seu melhor Brasileirão na história, o Paraná teve um bom começo de ano. Chegou à final do Paranaense, mas, para seu azar, os jogos coindidiram com os jogos decisivos pela Libertadores. Faltou perna e experiência. Porém, o técnico Zetti tem o bom goleiro Flávio e Dinelson, excelente promessa, mas que ainda não é craque. Não é um time com grandes nomes, mas pode fazer um bom campeonato.
Quem pode decidir: Dinelson, Flávio.

Juventude - Tudo bem, é o vice-campeão gaúcho. Tem o bom goleiro André, os atacantes Alex Alves e Da Silva e Ivo Worthman no comando, mas o time ainda necessita de reforços, especialmente na defesa e no meio-campo. Mas, como jogar na Serra Gaúcha, especialmente no inverno, é bem complicado, o Ju deve ganhar alguns pontos em casa.
Quem pode decidir: André, Alex Alves e Da Silva.

Figueirense - O clube vive a ilógica situação de ser semifinalista da Copa do Brasil e ter feito uma péssima campanha no estadual deste ano. Não tem mais os badalados Carlos Alberto, Cícero, Soares, Rodrigo Souto e o ótimo goleiro Edson Bastos, mas Ruy, ex-Botafogo e Léo, ex-Guarani e Inter melhoraram a qualidade da equipe. Fiquem de olho no atacante Ramon, rápido e habilidoso.
Quem pode decidir: Ruy, Léo

Sport-PE - O Leão do Norte estava em estado de graça. Tinha acabado de ser campeçao pernambucano, contratado o meia Giovanni e tinha tudo para fazer um brasileirão digno da tradição da equipe. Porém, em pouco tempo, tudo mudou. Alexandre Gallo foi para o Inter e Giovanni rescindiu o contrato. Faltam jogadores de qualidade no elenco.
Quem pode decidir: Fumagalli, Weldon.

Náutico - Teve a chance de se classificar no jogo conhecido como a "Batalha dos Aflitos", contra o Grêmio, em 2005 e perdeu. Mas desta vez, está classificado e na primeira divisão. Assim, o futebol pernambucano volta a ter dois times na primeira divisão. O Timbu já mostrou ter um bom time ao eliminar o Corinthians, e ainda trouxe Fábio Saci (artilheiro do campeonato baiano, com 13 gols) e pode contratar Augusto Recife. Com sorte e as boas atuações do goleiro Gléguer, pode se livrar da degola.
Quem pode decidir: Gléguer, Fábio Saci.

América-RN - Fez uma campanha heróica na Série B do ano passado e ainda teve o craque da Competição, Souza, que pe rmanece no time. Mas a realidade para a Primeira Divisão é outra. A equipe está bem abaixo das demais e vai lutar para se manter. Tem um bom técnico, Lori Sandri, mas o time é fraco, sinceramente. É sério candidato ao rebaixamento.
Quem pode decidir: Souza

Jogo dos sete erros

Dante Baptista

Não foi o primeiro semestre que nenhum são-paulino esperava. O time não repetiu as boas atuações do ano passado, foi eliminado precocemente da Libertadores e do Paulistão. A pressão pela conquista do bicampeonato nacional será enorme, mas ainda sim, menor do que a pressão sobre Muricy Ramalho, contestado por torcedores, mídia, e agora, dirigentes.

O primeiro semestre do São Paulo teve sete 'pecados capitais', confira:

1. Cadê o meio-campo?
Muricy teve problemas em todsos os setores da equipe, mas, quem mais sentiu a mudança no elenco foi o meio de campo, particularmente Josué, que não tem um parceiro fixo no setor. Souza não agradou, Fredson não teve sequência de jogos e Richarlyson não agrada a torcida. Hermanes, que fez boas partidas no Paulistão, não é relacionado para o banco. Souza e Hugo carregam demais a bola e criam pouco, e com Leandro recuado, Aloísio fica isolado e não tem com quem fazer o pivô.

2. Morumbi lotado? Não mais
A torcida, que costumava lotar o Morumbi e fazer a diferença nos jogos do São Paulo, nãoi comparece mais com a mesma força. Se em 2004, o Tricolor levava 70 mil pessoas ao estádio, a média desse ano foi bem menor: 26.219. Aliás, as médias de público do Morumbi só diminuiram: 2005 - 48.821; 2006 - 55.515; 2007 - 26.219.

3. Ataque?
A deficiência do ataque são-paulino pode ser medida em números. O ataque titular, formado por Leandro e Aloísio, marcou 7 gols. Borges e Marcel, os reservas, 6. E por que? Leandro joga recuado demais, encostado em Souza e não se aproxima de Aloísio, que, jogando como pivô, tem que encostar para o meio-campo fazer as jogadas. Resultado: Hugo é o artilheiro do time no ano, com 8 gols. Alex Silva é o vice-artilheiro.

4. Quem joga? E qual é o esquema?
O São Paulo ainda não acertou o esquema de jogo e nem quem é o time titular. Varia entre o 4-4-2 e o 3-5-2, e essas mudanças repentinas desorganizam o time. Além disso, pelo grande número de jogadores em condições de titularidade, sempre sobra uma dúvida. Assim, a equipe ainda não criou uma cara.

5. Laterais inoperantes
O elenco conta com cinco laterais, entre direita e esuqerda. Ilsinho, Reasco, Maurinho, Junior e Jadilson. E o líder de cruzamentos é Souza. Fora Maurinho, machucado, nenhum dos laterais está em boa fase. Jadilson só corre; Junior, nem isso. Ilsinho não tem apoiado como o de costume e tem marcado pior ainda. Assim, não há um desafogo para o meio-campo. Se em 2005 e 2006 as laterais eram o ponto de equilíbrio e talento do time, hoje são motivo de preocupação ofensiva e defensivamente.

6. Substitui, Muricy
Salvo por ontem, quando fez duas alterações que realmente melhoraram o rendimento da equipe, Muricy tem feito substituições tardias e pouco produtivas. Contra São Caetano e Audax, por exemplo, as trocas só saíram depois dos 35' do segundo tempo, sob a alegação de que não troca por trocar. Em alguns jogos, como a partida contra o Audax, elas sequer chegaram a acontecer. Para quem conta com um plantel de qualidade e numeroso, a ponto de dizer que não há reservas, substituição deveria ser natural.

7. Calma, São Paulo!
Falta tranquilidade ao time, e isso se reflete em todos os aspectos: nos erros da defesa, na falta de objetividade do meio-campo e nos erros de conclusão. Há tempos, o Tricolor cria e não finaliza bem. Além dos erros 3 a 1, especificamente, o time é nervoso pois tem um comando nervoso. Muricy anda nervoso demais, e isso se reflete nas suas entrevistas (ao melhor estilo Emerson Leão) e na forma de guiar o time.
Vale uma ressalva: mesmo assim, Muricy não foi expulso durante a temporada.

Deu Grêmio

Dante Baptista

Muricy foi ousado aoi escalar o time. Optou pelo 4-4-2 e parecia não querer aproveitar a vantagem conquistada no Morumbi.

Porém, há uma diferença entre aquilo que Muricy pensa e o que a equipe faz em campo. O meio campo simplesmente não cria. Souza e Hugo carregam demais a bola, e o time pouco produz.

Resta o chutão para Aloísio, já que Leandro desistiu de jogar como um ponta-de-lança.

A defesa ia bem. Mas deixou Tcheco livre para marcar após rebote em cobrança de falta de Lúcio.

Lúcio que jogou a mesma bola dos tempos de Palmeiras na Série B. Fez ótimas jogadas e mostrou velocidade, tanto que quase marcou um belo gol, depois que Souza 'morreu' na marcação.

Souza, Hugo e Jadilson corriam, mas pouco produziam.

Talvez por isso, os dois primeiros foram substituidos no final do primeiro tempo. Entraram Dagoberto e Jorge Wagner. Ótima mexida! Há tempos, Muricy não substituía tão bem.

Assim, o Tricolor tomou conta do jogo. Dominou as ações, Ilsinho melhorou consideravelmente, mesmo estando em péssima fase (O blog entende como fase um período de 3 a 6 jogos), Jorge Wagner fazia o meio-campo rodar e Leandro jogava mais perto do que deveria ser sua função, um meia pela direita.

Mas chutava pouco a gol. Aliás, não chutava.

Mano Menezes entendeu o recado de Muricy e colocou Amoroso. Eram três atacantes para cada lado, igualdade de condições e o Grêmio melhorou, mesmo jogando apenas no contra-ataque.

Em um deles, Carlos Eduardo levantou para Tuta, que só escorou para Diego Souza (belo jogador, por sinal) bater de primeira, num lance bem parecido com o primeiro gol. A antes tão elogiada defesa mais uma vez olhou um jogador livre dentro da área fazer um gol, de primeira.

Aí bateu o desespero. Muricy tentou com Marcel, e Mano respondeu com Schiavi.

Mano ganhou o jogo de Xadrez, e o Grêmio levou a vaga nas quartas.

O São Paulo comeu mais peças, o Grêmio comeu a rainha no primeiro tempo e o rei no segundo.

* * *

* Não consegui ver mais nenhum jogo, e mal consegui acompanhar os gols das outras partidas, mas já sei que colecionei erros no post anterior. O blog palpita mal que só ele!

* Muricy balança no cargo. Sua atual fase e temperamento não têm sido dos melhores e desagradam parte da diretoria Tricolor. Leco, assessora da presidência, já demosntrou seu descontentamento com o treinador.

* Ainda sobre o jogo. Não dá para o Jorge Wagner ser reserva do São Paulo. Em 45 minutos, ele mudou o São Paulo. Dagoberto então... Mesmo sem fazer uma boa partida, com poucos espaços, já deu mais criatividade ao ataque são-paulino.

O blog palpita:

Dante Baptista

Em mais um exercício imbecil de futurologia, o blog dá seus palpites nos jogos classificatórios da Libertadores e Copa do Brasil:

Libertadores:

Grêmio x São Paulo - O Tricolor sua, mas leva! Provavelmente nos pênaltis.E, se vencer, chega à final.

Flamengo x Defensor - O Mengão até ganha, mas não leva. É uma pena. Vai pagar por um dia de pane no Uruguai.

Santos x Caracas - O Santos só precisa de um empate, mas ganha e bem. É forte candidato ao título.

Vélez x Boca - O Boca ganha de novo. Já está classificado. E será finalista, podem apostar.

Necaxa x Nacional - O time mexicano consegue reverter, pois joga em casa.

Libertad x Paraná - É Paraná, o sonho acabou.O Libertad é um time bem chato de se jogar.

Colo Colo x América - *América Já classificado, sem palpites.

Toloca x Cúcuta - *Cúcuta já classificado. Sem palpites

Copa do Brasil:

Atlético-PR x Fluminense - Pra quem já se classificou depois de sofrer duas goleadas, reverter um empate é moleza. Furacão leva. A não ser que se cruzem nas semi-finais, disputa a final com o Fogão.

Ipatinga x Brasiliense - Vai ser no chute mesmo. Ipatinga!

Figueirense x Náutico - Outro grande chute. Figueira avança.

Botafogo x Atlético-MG - Fogão tem mais time e se classifica. Meu candidato ao título.

O que esperar do Brasileirão? [Parte II]

Dante Baptista

Sem delongas, o segundo bloco de equipes que disputam o Brasileirão.

Os que lutam
São aqueles que, em tese, estariam na faixa que briga pela vaga na Sulamericana. Tem times competitivos, que precisam de ajustes. Se melhorarem, podem aspirar a objetivos maiores, mas se não tomarem cuidado, podem ficar em situação desconfortável.

Internacional - Depois do título mundial em Yokohama e do vice no último Brasileirão, tudo levaria a crer que o Inter formaria uma equipe para ganhar tudo o que aparecesse. Mas não foi o que aconteceu. O planejamento errado da diretoria e a falta de contratações levaram o time à eliminação da Libertadores ainda na primeira fase. A não-classificação pra as semi-finais do Gauchão estremeceu o time. Abel Braga saiu e Alexandre Gallo, campeão com o Sport, foi contratado. Se souber arrumar a casa e ganhar bons reforços, terá um time bem competitivo.
Quem pode decidir: Fernandão, Alexandre Pato (foto), Iarley.

Palmeiras - Desde 1999 sem ganhar um título de expressão, a pressão no Parque Antártica é cada vez maior. O Palmeiras monta times razoáveis, mas que não 'dão liga'. A aposta desse ano foi a contratação de Caio Junior, que, mesmo com um bom trabalho, não chegou as semi-finais do Paulista e foi desclassificado da Copa do Brasil. O time ainda precisa melhorar e também de reforços, mas tem dois jogadores que podem desequilibrar, algo raro no futebol brasileiro: Edimundo e Valdívia, além de Marcos e Diego Cavalieri no gol.
Quem pode decidir: Edimundo, Valdívia (foto) , Marcos

Fluminense - Foi o clube que mais contratou no ano, com 18 reforços. Mas, mesmo assim, seu planejamento ainda tem aquele cheiro de Corinthians/MSI: vaidade, falta de comando, imaturidade dos dirigentes e equipes pouco consistentes. O time das Laranjeiras aposta em Renato Gaúcho como técnico (o terceiro no ano) e ainda tem bons valores, como Cícero, Soares e Carlos Alberto, que tem futebol de sobra, se quiser demonstrar. Com paz e tranquilidade para trabalhar, pode ser um bom time.
Quem pode decidir: Carlos Alberto (foto) , Cícero, Alex Dias

Vasco - O time é limitado. Carece de bons laterais e uma dupla de volantes segura. Resolveu um dos principais problemas, que era a camisa 1 e trouxe Silvio Luiz, ex-São Caetano. Romário, Leandro Amaral e André Dias são garantias de gol, isto é, se o Baixinho continuar jogando após o milésimo gol. Mas que o torcedor não espere a mesma campanha do ano passado. É bom ficar alerta, pois o time é mais fraco que o do ano passado. Bem mais...
Quem pode decidir: Romário, Leandro Amaral (foto), Morais

Atlético-PR - Tem uma boa dupla de atacantes e uma base que se conhece. Se acontecer a famosa química, é um time bem perigoso. Falta plantel de qualidade, mas não falta raça e vontade. Ainda precisa de bons reforços, mas a manutenção do ataque com Denis Marques e Alex Mineiro já ajuda a compor uma equipe forte.
Quem pode decidir: Alex Mineiro, Denis Marques (foto), Alan Bahia

Altéico-MG - O atual campeão mineiro subiu com a força da torcida e a garra do time. Ainda é carente, mas já mostrou o que pode fazer. Deve contratar Geninho para o lugar de Levir Culpi. Trouxe o bom Danilinho, tem Vanderlei e Eder Luiz no ataque. Coelho foi um bom reforço para a lateral direita. Deve fazer um campeonato sem grandes pretensões.
Quem pode decidir: Danilinho (foto), Coelho e Eder Luiz

Cruzeiro - Desde que ganhou o primeiro Brasileirão por pontos corridos em 2003, o Cruzeiro se especializou em montar bons times e vendê-los para o primeiro que aparecesse na frente, assim que a janela para o mercado europeu se abrisse. Por isso, nunca mais chegou perto de grandes conquistas. O time é bom, tem Araújo, Guilherme e Marcinho, mas ainda falta algo. Perdeu o técnico Autuori logo após a derrota na primeira partida da final, e trouxe Dorival Junior para seu lugar. É esperar para ver.
Quem pode decidir: Araujo, Guilherme, Marcinho (foto)

O que esperar do Brasileirão?

Dante Baptista

Nestre sábado, começa o campeonato Brasileiro. É a mesma forma dos últimos três anos, mas que nunca é demais explicar: 20 clubes jogam em turno e returno, no sistema de ida-e-volta. Aquele que somar o maior número de pontos, vence.

O Vila do Esporte começa agora um guia do que se pode esperar de cada time. Para não cansar o leitor, a análise será dividida em três partes: os times que sonham, os times que lutam e os times que preocupam.

É bom lembrar que os comentários sobre os times não passam de um mero exercício de futurologia, a 'ciência mais imbecil e passível de erros.

Os que sonham:
São aqueles que devem lutar pelo título. Precisam de um ou outro ajuste, mas têm condições de levantarem o caneco. Porém, no primeiro semestre, disputam mais de uma competição e, em caso de insucesso, esse favoritismo pode ficar comprometido.

São Paulo - Tudo depende de um sucesso na Libertadores (o Tricolor pega o Grêmio pelas oitavas-de-final da competição). A equipe de Muricy, atual campeã brasileira, é uma das favoritas ao título. Tem um plantel equilibrado, jogadores de qualidade e um bom técnico. A contratação de Dagoberto dá ao time o talento que faltava. Falta acertar o meio-campo, que tem sido pouco criativo.
Quem pode decidir: Rogério Ceni, Dagoberto (foto), Aloísio

Santos - O título paulista fez bem à equipe de Luxemburgo. Tem um ótimo plantel, joga bem e tem um dos poucos craques em atividade no país, Zé Roberto. Porém, a janela de transferências para a Europa pode levar seus principais jogadores. Mas, com um técnico como Vanderlei Luxemburgo, sempre se espera bons times.
Quem pode decidir: Zé Roberto (foto), Kléber, Fábio Costa

Grêmio - Não é um time habilidoso, vistoso. Mas é raçudo e tem uma boa base. A chegada de Amoroso dá um toque de habilidade à equipe de Mano Menezes, que chega para o seu terceiro Brasileirão pelo Grêmio. Tem bons valores, como Lucas, Diego Souza e Tcheco, além do bom goleiro Saja. Falta um plantel que suporte a maratona de jogos, cansaços, cartões.
Quem pode decidir: Lucas, Amoroso (foto), Tcheco

Botafogo - Desde 1995, o Fogão não chega a um Brasileiro com aspirações de ganhar títulos. Não é um elenco numeroso, mas o time titular é forte e joga de igual para igual com qualquer equipe. Tem um excelente meio campo e um ataque potente. A preocupação alvinegra é pelo artilheiro Dodô, que tem propostas para deixar o clube.
Quem pode decidir: Dodô (foto), Zé Roberto, Lucio Flávio

Flamengo - Depois de anos na briga no final da tabela, parece que o time da Gávea pode alçar vôos maiores. A diretoria se movimentou e contratou jogadores para a disputa da Libertadores, e a conquista do título carioca deu moral à equipe. Obina volta para a segunda metade do campeonato. Cabe à comissão técnica e diretoria saber contornar a vaidade e briga dentro do elenco. Quem pode decidir: Renato, Renato Augusto (foto), Bruno.

Roger fora

Dante Baptista

O blog deixou escapar nas notas, mas o assunto merece um post.

Roger não é mais jogador do Corinthians. A diretoria (leia-se Ilton José da Costa), rescindiu o contrato do jogador e pretende colocá-lo à venda.

O meia foi tachado de 'ruim de grupo': "O Roger não se integrou ao grupo de jogadores do Corinthians. Ele foi comunicado da dispensa neste sábado e colocado à venda", explicou Ilton José da Costa ao Globoesporte.com.

Na verdade, Roger foi negociado porque seu custo-benefício era baixo demais. Custava muito aos magros cofres do clube e, nem de longe, rendia aquilo que dele se esperava. Era alvo constante de lesões, tinha futebol inconstante e já entrava para o hall dos chinelinhos.

Seu futuro deve ser o Rio de Janeiro. Fluminense e Flamengo já teriam flertado com o jogador.

Mas, pare prá pensar: se Roger é 'ruim de grupo', o que o Fluminense vai querer com ele? Reeditar uma dupla (não tão bem sucedida) com Carlos Alberto? E no Flamengo então, se eles acabaram de dispensar Juninho Paulista por motivos semelhantes?

Tem coisas no futebol que realmente não têm lógica...

Como um campeão

Dante Baptista

O São Caetano não tinha a obrigação de ser campeão. O Santos tinha.

Por isso, jogou para ganhar o título. Enquanto o time do ABC jogou apenas querendo ganhar. E se esqueceu que entre o pré-jogo e o pós jogo existe o jogo, propriamente dito.

O time de Vanderlei Luxemburgo jogou com segurança, sobrou em campo e não goleou porque não conseguiu concluir como deveria, pois criou várias oportunidades.

Por falar em Vanderlei, mais uma daquelas coisas que só ele é capaz de fazer. Pedrinho foi escalado com a camisa 4, que originalmente é usada pelos laterais-direitos da equipe. Mas quem apostou que ele iria para essa posição, se enganou.

Maldonado ficou na lateral, na marcação. Rodrigo Souto foi recuado para primeiro volante e Pedrinho caía pelas pontas, junto com Marcos Aurélio. Kléber jogou solto, caindo pelo meio e Zé Roberto encostava nos atacantes, pelos lados do campo.

Poderia falar que o São Caetano se apequenou, foi mal escalado, que Durval Junior mudou a equipe na hora errada, mas, como eu já disse: O São Caetano não tinha a obrigação de ser campeão. O Santos tinha.

* * *

* Acredito em poucas máximas dentro do futebol. Uma delas é 'Flamengo é Flamengo!'. Uma derrota na Libertadores, a dispensa de Juninho, elenco rachado e... o título estadual! O Botafogo jogou melhor, criou mais, mas não concluiu como deveria, pois Bruno estava em tarde inspirada. 2 a 2 no tempo normal e vitória nos pênaltis.

* Milton Neves já deve ter repetido várias vezes que o Mengão foi ajudado pelo 'apito amigo' no Lance que Dodô recebeu em posição legal, foi marcado impedimento e ele foi expulso por continuar o lance. Mas, com ou sem apito amigo, não tem porque o Botafogo culpar a arbitragem.

* Renato Augusto, um golaço!

* O Grêmio foi implacável e goleou o Juventude por 4 a 1. Tcheco jogou muita bola e fez um golaço. O São Paulo que se cuide!

* Paranavaí e Atlético Goianiense foram as surpresas da rodada. Ganharam do Paraná e do Goiás, respectivamente. O Cruzeiro bem que tentou: fez 2 a 0 no Galo e assustou a massa alvi-negra. Mas parou por aí.

* Manchester campeão inglês, com duas rodadas de antecedência. Mas vale como lembrança a manifestação da torcida do Chelsea, que aplaudiu seus jogadores no empate em 1 a 1 com o Arsenal, resultado que tirou dos blues o tricampeonato.

* Segundo o Blog do Juca, "Dodô não deve cumprir até o fim o seu contrato com o Botafogo. Tem convites do Sevilla e do São Paulo. E está inclinado a voltar ao Morumbi. Inclinadíssimo".Fico com a pergunta dele: "Já imaginou, Dagoberto e Dodô?"

*Fotos: Blog do Lédio Carmona. Com os devidos agradecimentos

E a lateral, seu Luxemburgo?

Heitor Augusto, especial para o Vila do Esporte

O técnico do Santos entrou em um buraco que, à priori, era pequeno, mas a profundidade está aumentando. Primeiro, foi a saída problemática do lateral direto Pedro. Depois, não relacionou Rodrigo Tiuí para a primeira partida da final - alegou que o jogador não estaria concentrado no jogo por conta da renovação de contrato.

Ainda vieram as contusões de Antônio Carlos e Pedro - o zagueiro de 38 anos rompeu o ligamento do joelho e o lateral sofreu lesão no menisco.

À exceção da instabilidade gerada no grupo - Pedro e Tiuí acusaram o treinador de obrigá-los a trabalhar com Antônio Pimentel, procurador amigo de Luxemburgo - há um problema de ordem operacional: o que fazer com a lateral direita?

As incertezas na ala datam da saída de Maurinho, em 2002. Elano foi improvisado em diversas partidas. Para suprir o vazio, no ano seguinte veio Reginaldo Araújo - que ainda foi assombrado por Neném, ex-Palmeiras. Em 2004, chegou Paulo César, que teve uma boa passagem pelo Fluminense atuando pela ala esquerda. Veio de empréstimo do PSG e para a Fraça voltou no fim de 2005.

Aí o caldo entornou. No início de 2006, Neto foi contratado junto ao Paraná. Perdeu a confiança de Luxemburgo já nas primeiras atuações - no Paraná, atuava como ala, em um 3-5-2; no Santos, no 4-4-2, tinha de marcar também. O volante Fabinho, ex-Corinthians e São Caetano foi deslocado para a posição. O jogador foi para o Tolouse no meio do ano.

Veio Dênis. E a lateral direita voltou a brilhar. O problema é que o atleta se contundiu. Pedro o substituiu à altura. O Santos voltou a jogar pelo lado direito.

A renovação de contrato atrapalhou o desempenho de Pedro. Em diversos jogos, ele e Luxemburgo divergiram. O lateral queria avançar ao ataque. O técnico, aos berros, reclamava com as subidas do jogador e exigia que ele não deixasse Adaílton exposto.

E o que Luxemburgo vai fazer para a partida de volta contra o São Caetano, este domingo, que decide o Campeonato Paulista? Pode ressuscitar Neto, que não tem a confiança do treinador e sequer da torcida. Poderia improvisar Maldonado, mas perderia poder de marcação.

Mais um pepino, além do desfalque de Antônio Carlos e a desvantagem no placar - precisa vencer por dois gols de diferença para conquistar o bicampeonato, 15º caneco do time no Paulistão.

Colaborou Vítor Sion