quinta-feira, julho 26, 2007

O dia D

Fabio Sanches
É hoje, 26/07, o julgamento da Mclaren pelos dirigentes da Fórmula 1. A questão ficou tão grave que a entidade pediu que todos os representantes estejam presente no local ao invés de votarem pro fax, como normalmente fazem.

A acusação é de que projetista-chefe da McLaren, Mike Coughlan, teria acesso às informações do carro da Ferrari e usado as inovações em benefício das flechas de prata, como relatado neste blog.

O resultados pode afetar os pontos da Mclaren no Mundial de Construtores e também os pilotos que defendem a escuderia: Lewis Hamilton e Fernando Alonso que são, respectivamente, o 1º e 2º colocados do campeonato.

segunda-feira, julho 23, 2007

Briga dentro e fora da pista

Fabio Sanches
A meu ver: 2x0 Alonso em cima de Massa.

O espanhol ultrapassou o brasileiro nas últimas voltas do GP da Europa e levou o caneco. Depois disso, nos bastidores, o bicampeão provocou Massa, que se revoltou e xingou o adversário.

Na pista, o brasileiro teve sorte no começo da prova ao se manter na corrida, mas depois o acerto final do carro com pneus de chuva não funcionou, enquanto Alonso foi mais regular e se mostrou oportunista ao guiar para a vitória após erros de Hamilton e quebra de Raikkonen.

Já a briga momentos antes do pódio foi ocasionada por um toque entre Alonso e Massa no momento da ultrapassagem do espanhol. Ficou claro que Alonso só queria provocar o brasileiro, que caiu. Depois o bicampeão pediu desculpas e Massa desconversou.

O campeonato continua, portanto, acirradíssimo. Hamilton com 70 pontos, Alonso 68, Massa chega a 59 e Raikkonen permanece com 52. Se Hamilton bobear, perde a primeira posição. E, embora o inglês seja muito bom, isto não está longe de acontecer.

sexta-feira, julho 20, 2007

Prata dolorida

Dante Baptista

Era a medalha que nenhuma das jogadoras brasileiras queria ganhar. A prata de ontem, na final do vôlei feminino foi uma das mais doloridas que o Pan viu. Ainda é inexplicável e doloroso o resultado de ontem, Cuba 3 a 2 Brasil.

O Brasil vencia por 2 sers a 1 e teve cinco match points, mas não conseguiu definir o jogo no quarto set. Cuba crescia, tem um ótimo time, e muito valente. Mas o Brasil era mais time, tinha mais técnica e as inspiradas Sheilla e, principalmente, Paula Pequeno, que abordarei depois.

Veio o tae-break, e o Brasil começou bem. Abriu 5 a 2 e virou em 8 a 5. Três pontos é uma vantagem considerável numa partida de vôlei, e tranquila de administrar. O Brasil chegou a 14-12. Eram dois match points. Em um dos lances, Sheilla atacou três vezes, foram duas defesas das cubanas e uma bola, mal levantada por Fabi, que parou na rede.

O problema dessa geração é não possuir a centelha que faz de um time campeão. Pior que isso, é uma equipe que costuma falhar em momentos decisivos, ou, no popular, amarela. Na semi-final olímpica, perdeu para a Rússia depois de estar vencendo por 24 a 19 o quarto set, e um ponto definria a vitória. Na final do mundial, teve um match point e perddeu o jogo. Ontem, Cuba reverteu uma partida que estava na mão das brasileiras.

Centelha de time campeão é absolutamente psicológico. É confiança, é ter domínio do nervosismo e frieza para decidir quando precisa, pois técnica, o Brasil tem de sobra. Características da Paula Pequeno, mas que precisam ser incorporadas pelo restante da equipe. Caso contrário, o Brasil verá uma de suas melhores gerações sem nenhum título expressivo.

segunda-feira, julho 16, 2007

Doces rotinas brasileiras

Dante Baptista

A chuva de bons resultados no domingo deixa o blogueiro sem saber por onde começar. O esporte brasileiro deu ontem provas de superação, garra e vontade. Bandeiras brasileiras no alto do pódio.


Hermanos Fregueses

Sim, o time brasileiro era limitado, defensivo e não jogou, como diria Armando Nogueira, 'o fino da bola'. Dunga e seu esquema foram criticados, e com razão até. Mas tudo isso acaba quando o assunto vira uma final entre Brasil e Argentina.

Vitória por 3 a 0 (Julio Baptista, Ayala - contra - e Daniel Alves), na melhor exibição da Seleção na Copa América. Josué e Mineiro anularam Messi e Riquelme, Julio Baptista brilhou e Wagner Love mostrou consciência tática. Vitória maiúscula, e a freguesia argentina permanece.

Vôlei campeão

O Brasil disputou todas as finais de Liga Mundial na década. Só perdeu uma, em 2002, para a Rússia, em pleno Mineirinho. E ontem foi dia de revanche. Depois de perder a primeira partida da fase final para a Bulgária, a recuperação brasileira foi excelente. Duros jogos, mas boas vitórias contra Rússia e Polônia.

A final contra os russos não seria fácil, e, de fato, não foi. O Brasil errou demais nos dois primeiros sets, mas mostrou a garra que faz desse time um multicampeão. Ricardinho, Giba e Murilo comandaram mais um título brasileiro, 3 sets a 1. Detalhe, é o heptacampeonato brasileiro na Liga Mundial. Seis títulos nas últimas oito finais.

Tão bom quanto a vitória entre os profissionais, é a notícia que o Brasil venceu a Rússia por 3 a 0 no mundial juvenil. Sinal de renovação em alto nível na fortíssima seleção brasileira.

Imagem do dia

Nenhuma dessas vitórias emocionou tanto quanto uma imagem. A de Diogo Siva, chorando ao som do hino nacional e medalha de ouro no peito. Diogo é lutador de Tae Kwon Do e deu ao Brasil seu primeiro ouro no Rio 2007. Mais uma prova de que, mesmo sem incentivo, sem condições adequadas, o talento brasileiro prevalece.

quinta-feira, julho 12, 2007

Final: A rivalidade vive

Fabio Sanches

Talvez todos diriam que a final da Copa América seria mesmo entre Brasil e Argentina. Mas aí Ronaldinho Gaúcho, Kaká e Zé Roberto pediram dispensa dos escolhidos pela CBF e o regulamento tentou cruzar os rivais antes da hora.

Besteira. O destino foi mais esperto e estamos diante de uma final que pode entrar para história.

Não que será um jogo bonito, pois o Brasil não apresentará o melhor de seu futebol. Mas, mesmo com a clara superioridade argentina, os brasileiros chegam com os ânimos à flor da pele e podem engrossar para Messi e companhia.

É engraçado notar que agora quem precisa surpreender é o Brasil. Antes, a Argentina, que é o único time do mundo que sempre enfrentou o Brasil jogando pra frente, tinha que apostar em alguns coelhos tirados da cartola, porque os brasileiros tinham mais técnica e habilidade.

Perdoem o atrevimento, mas hoje os coelhos do Brasil são Robinho, Diego e Anderson. O primeiro já está fora da cartola faz tempo, o segundo insiste em não sair e o terceiro é a promessa.

Opa, me esqueci que o Dunga não é mágico.

Semifinais

Se o Brasil está motivado por ter ganhado do Uruguai nos penaltis após um bom primeiro tempo e uma péssima segunda etapa, os argentinos bateram com facilidade os mexicanos e esbanjam confiança.

Enquanto o primeiro jogo foi 2 a 2, com gols de Maicon e Júlio Baptista, o segundo foi 3 a 0 com tentos anotados por Heinze, Messi e Riquelme.

Em tempo: Não há dúvida que Doni se adiantou muito para pegar a cobrança de Lugano. Sorte do Dunga, que viu os queridinhos Afonso e Fernando perderem suas cobranças. Tomara que o susto tenha revelado ao técnico uma pequena lição.

A Argentina não brilhou, mas venceu bem o México. Imagina se brilhasse?

Ah, faltou a pergunta tão esperada: Quem será o campeão?

segunda-feira, julho 09, 2007

Goleadas na Venezuela

Dante Baptista

Para quem achava que não existe mais bobo no futebol, a Copa América provou o contrário. Quatro goleadas sonoras marcaram as quartas-de-final da competição.

O primeiro bobo foi o time venezuelano. A Seleção Vinho-Tinto não resistiu ao Uruguai e apanhou por 4 a 1. A Celeste Olímpica fez uma campanha tão irregular quanto a brasileira, mas assegurou a vaga aproveitando a fragilidade venezuelana.

Mais bobo ainda foi o time chileno. Depois da crise provocada pela festa da classificação, o time de Nelson Acosta foi uma verdadeira mãe e reabilitou o Brasil, que jogava sob olhares desconfiados da torcida e da imprensa. Resultado, 6 a 1 para a equipe de Dunga. Robinho assumiu a artilharia da da Copa América, com 6 gols em quatro jogos e Suazo marcou um golaço contra o Brasil, digno de placa.

O Chile divide o posto de grande bobo da Copa América com o Paraguai. Sem o meia Dos Santos e com a expulsão do goleiro Bobadilla, o time paraguaio simplesmente assistiu o México jogar. 6 a 0 fora o baile. Estranho é que, na primeira fase, o Paraguai só tinha sofrido dois gols, contra Estados Unidos e Argentina.

Já o Peru, bobo desde a década de 70, conseguiu segurar a Argentina no primeiro tempo. Mas não no segundo. 4 a 0 para os hermanos, dois gols de Riquelme e uma bela partida de Tevez.

As semifinais serão Brasil e Uruguai, na terça, às 21h45 e México e Argentina, na quarta, mesmo horário. A tendência de reedição da última final é imensa. Tomara que com o mesmo final.

sexta-feira, julho 06, 2007

De Sarriá a Puerto la Cruz














Dante Baptista

Há 25 anos, o futebol brasileiro (e mundial) sofria um dos seus mais duros golpes na sua história. No Estádio Sarriá, em Barcelona, o timaço do Brasil, comandado por Telê Santana, perdia para a pragmática, defensiva e boa Itália, 3 a 2. Sócrates e Falcão marcaram para o Brasil, enquanto Paolo Rossi anotou os três gols italianos, que se sagrariam campeões.

No imaginário brasileiro, aquele jogo ainda não acabou. Muitos torcedores, admiradores daquele time (Em tempo: Valdir Peres, Leandro, Oscar, Luisinho e Junior; Cerezo, Falcão, Sócrates e Zico; Éder e Serginho) imaginam como seria se o Brasil tivesse ganho aquele jogo.

O que ia acontecer em caso de vitória, eu não sei. Mas, mesmo tendo nascido três anos depois daquela partida, sei o que aconteceu com aquela derrota.

O futebol ofensivo, a preocupação em fazer os gols, morreu. Prevaleceu o modo de jogar italiano, precavido na defesa para depois pensar em atacar. Como uma tática de guerra: anule o adversário, domine os espaços e depois vença. O blog já falou desse assunto em um de seus
primeiros posts.

Mas, o que aquela derrota tem a ver com essa Seleção?

É simples. Analise os dois meio-campos. Em 82, jogavam Cerezo, Falcão, Sócrates e Zico. Na última partida, Mineiro, Josué, Gilberto Silva e Júlio Baptista. Dunga, hoje técnico da Seleção, prega o futebol pragmático, de resultados, sem a mínima preocupação com o futebol bem jogado. Espetáculo é a vitória.

Dunga, que era o capitão e símbolo máximo do time de 1994, campeão mundial jogando um futebol de resultados, com pouca técnica.

E, sempre que é perguntado se a Seleção Brasileira não precisa jogar bonito, a resposta é a mesma. "Já vi muito time jogar bonito e perder".

Ou seja, 25 anos depois, aquela partida no Estádio Sarriá (que não existe mais) ainda rende reflexos no pensamento brasileiro e, como principal efeito daquele jogo, está o fato de o Brasil ter deixado de ser Brasil, ter deixado de encantar pelo talento, pela técnica, pelo toque de bola.

Porém, eu ainda acredito que outro futebol é possível. Jogar bonito não é algo tão distante do futebol brasileiro, até porque, antes de mais nada, jogar bonito é jogar bem. Não precisa firula, basta ter competência, eficiência e pelo menos um jogador de talento. Os últimos grandes times (Boca 2007, São Paulo 2005/2006, Barcelona 2004 a 2006) eram times que, antes de mais nada, eram competentes.

quinta-feira, julho 05, 2007

Ai, que saudade do Parreira!

Dante Baptista

Parece improvável essa frase como título, mas é verdade. Ainda mais com o fracasso da última Copa do Mundo, a frase soa ainda mais absurda. Mas é fato, eu sinto saudades do Parreira.

Ao ver a escalação da Seleção com um meio-campo formado por Gilberto Silva, Mineiro, Josué e Julio Baptista, batizado por Maurício Noriega como “Quadrado Trágico”, montado em função da velocidade e força do time do Equador, lembrei de uma frase do antigo técnico brasileiro. “Não monto time pensando nos meus adversários. Eles que têm que se preocupar de enfrentar a Seleção Brasileira.”

Essa nova fase da Seleção, com amistosos realizados na Europa, convocações ruins e o péssimo futebol apresentado, fez com que caíssem dois conceitos que formam o nosso nome: o de Seleção, já que não são os melhores jogadores os chamados, e o de Brasileira, pois não se vê os melhores jogadores das equipes brasileiras e, também, não se observa o mesmo comprometimento com a Seleção daqueles que atuam na Europa.

Acima de tudo, Parreira era um técnico formado, com conceitos já estabelecidos e amadurecidos com a sua experiência. Não acho o Parreira excelente, acho que ele cometeu erros em 2006 (e também em 94), mas ele passava segurança de quem sabia o que estava fazendo, o que não acontece com Dunga.

O Brasil disputa as quartas de final contra o Chile no próximo sábado. É a quarta partida da Seleção, e, certamente, será a quarta formação diferente. As substituições e alterações deixam o grupo perdido, e sem confiança, reflexo de seu treinador. Esse grupo, que treinou 14 dias com uma escalação, que só durou 45 minutos.

Creio que a Copa América, não importa o resultado obtido pela Seleção (até porque, o caminho brasileiro até a final não é dos mais difíceis) deixará sérias reflexões para o comando da Seleção. Demoramos para nos firmar como um futebol-referência, como o país do futebol e como a melhor seleção do mundo.

Por isso, não podemos abandonar o futebol bonito. Com resultados, sim, mas um futebol bom boa técnica e organização tática. E eu não estou pedindo chapéu, carretilha, drible da vaca a cada minuto, eu só quero um bom goleiro, dois laterais que subam e cruzem bem, uma zaga segura, volantes que protejam e saiam para o jogo, meias criativos, e um ataque que faça uma boa jogada e gol.

quarta-feira, julho 04, 2007

Investigação, demissão e suspensão na F1

Fabio Sanches

Parecia boato, intriga entre equipes, provocação. Mas não é. Ainda em investigação, a polícia inglesa descobriu documentos técnicos da Ferrari na casa do projetista-chefe da McLaren, Mike Coughlan, segundo o blog de Livio Oricchio, do Estadão.

Na última semana, havia sido comentado que o ex-mecânico-chefe da Ferrari, o inglês Nigel Stepney, poderia ter repassado os documentos para a equipe rival. Com a última descoberta, essa suspeita ganha novas proporções.

De acordo com Livio, Stepney estaria descontente com a Ferrari, após almejar o cargo deixado por Ross Brawn e ser rebaixado para o grupo de testes pelo diretor da escuderia, Jean Todt, por conta de ele não ser formado.

Agora, Coughlan, da Mclaren, já foi suspenso, e Stepney demitido (antes tarde que nunca), da Ferrari.

Para quem está longe do dia-a-dia das equipes, fica difícil imaginar como antes isso não foi percebido e evitado. Perguntas sem respostas surgem e mais um escândalo na F1 começa a se formar. Resta torcer para que isto não abale a disputada temporada e os novos talentos que chegaram.

segunda-feira, julho 02, 2007

Robinho 3 x 0 Chile

Dante Baptista

Não foi o melhor que o Brasil poderia render, mesmo com um placar de 3 a 0 diante do Chile. A Seleção segue com problemas de criação, mas, diferente dos times que atuam no país, tem um jogador capaz de decidir a qualquer momento. Robinho.

Ele chamou o jogo para si: criou, pedalou, apanhou, reclamou e ainda fez os três gols brasileiros na partida, o último deles foi um verdadeiro golaço.

O Brasil ainda precisa de reparos e tem que melhorar muito no setor de criação, mas a vitória deu um novo fôlego para Dunga, que se classifica até com um empate diante do já eliminado Equador.

A melhor definição do que foi o Brasil foi dada pelo argentino Olé:
Robinho é um brasileiro autêntico. Por causa do atleta do Real Madrid, só por ele, o Brasil estreou seus gols nesta Copa América. Por sua vocação a esperteza, o time pentacampeão alcançou um triunfo que o medo do Chile ajudou a construir. A goleada do Brasil só se explica por Robinho, que marcou três gols e jogou sem companhia.

Richarlyson entra com ação contra Cyrillo

Fabio Sanches

O advogado de Richarlyson afirmou nesta segunda-feira, 02/07, que o jogador entrou com ação contra o dirigente palmeirense José Cyrillo, que havia declarado, durante o programa de TV Debate Bola, comandado por Milton Neves, que o jogador são-paulino seria homossexual.

Vamos acompanhar o desenrolar do processo, que pode complicar para o palmeirense.

Resposta vermelha

Fabio Sanches

Depois de todo mundo achar que a Ferrari estaria fora da disputa contra a Mclaren no mundial de F1, Raikkonen e Massa fazem dobradinha e colocam novamente lenha na fogueira na disputa pelo campeonato.

Raikkonen foi o vencedor com méritos. Ultrapassou Hamilton na largada e foi mais rápido que Massa na pista. Quando o brasileiro foi para os boxes, o finlandês assumiu a ponta e garantiu a primeira colocação.

Hamilton, por incrível que pareça, se saiu bem mais uma vez. Ficou na terceira colocação, enquanto Alonso terminou em sétimo depois de largar lá atrás por conta de problemas durante o treino que definiu o grid de largada.

Por fim, Hamilton está com 64 pontos no campeonato, 14 a mais que Alonso, o segundo colocado, com 50. Alonso ficou decepcionado com o resultado. Massa tem 47 e Raikkonen 42. Se a Ferrari acordou de verdade, a briga começa agora!

Em tempo, Robert Kubica voltou depois de sofrer o acidente mais traumático da temporada até agora e garantiu a quarta colocação. Olho nele!