Dante Baptista
Ainda hoje, Paulo Baier pode oficializar sua saída do Palmeiras. O motivo? Atraso nos salários e nas luvas do jogador, que considera (ou seu empresário, não sei) insustentável. Por ainda estarmos em 23 de fevereiro, começo de temporada, a notícia sôa ainda mais insólita.
Tudo bem que Paulo Baier jogou poucas vezes como jogava no Goiás, obrigou técnicos a moldar esquemas táticos para protegê-lo e, colocando na balança, não deu tantas alegrias ao torcedor palmeirense.
Mas isso pouco importa no momento!
O que importa é que a saída de Paulo Baier expõe uma triste realidade, recentemente confirmada por Caio Jr.: o Palmeiras deve salários aos jogadores e tem problemas administrativos ainda mais sérios.
Aí você me pergunta: isso acontece com o Flamengo, Vasco, Botafogo e você nunca fez uma crônica! E eu respondo: os outros três clubes não são grandes exemplos de administração, ao contrário do Palmeiras. Mesmo antes da famosa Era Parmalat, o Palmeiras era um clube equilibrado financeiramente e não devia. O que não acontece agora.
O clube, além dos problemas estruturais, não conquista um título desde a Libertadores de 99 (até porque, Copa dos Campeões em 2000 e a Série B de 2003 são piada). Pior que isso, foi rebaixado do Brasileirão em 2002 e não conquista um campeonato paulista desde 1996! Mais pressão, impossível. Por isso mesmo, entra técnico, sai técnico... e não aparece resultado.
Culpa de quem? Na minha opinião, da diretoria, que sucateou o clube e não investiu no clube pensando em resultados a longo prazo. Falta organização, reestruturação da diretoria, só assim o clube anda. É lógica: boa organização - boa diretoria - boa comissão técnica - boas contrarações - bons times - títulos - aumento de torcida e de receita.
Se o Palmeiras não pensar assim, a chance de virar um 'Juventus da R. Turiassu' é grande no futuro.
sexta-feira, fevereiro 23, 2007
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