quinta-feira, novembro 29, 2007

Blog de casa nova

Estamos de casa nova. O novo endereço do Vila do Esporte, agora com novo nome [Vila Esportiva] é http://vilaesportiva.wordpress.com/

Todos os textos, comentários e fotos postados aqui estão lá também!

Além disso, temos novos textos e discussões. Não perca!!!

segunda-feira, novembro 26, 2007

No fim de 2007

Dante Baptista

2007 está chegando ao fim, pelo menos para o futebol brasileiro. Nos gramados europeus, a bola ainda rola. Neste tempo em que o blogueiro esteve ausente, algumas coisas importates aconteceram. Por exemplo:

* Copa do Mundo no Brasil: ainda falta tempo para 2014, mas, para competições deste porte, 2014 é amanhã. Vejo como bom o argumento de Josef Blatter de que realizar um Mundial em um país em desenvolvimento é importante para contribuir com o crescimento dele. Porém, algumas coisas me preocupam: a primeira delas é que Ricardo Teixeira preside o comitê organizador da Copa. A segunda é a falta de estrutura, como comprovou o lamentável acidente de ontem, na Fonte Nova.

* São Paulo pentacampeão brasileiro: previsível, justo e merecido. A equipe cresceu e abriu uma distância considerável para o segundo colocado. As nove indicações para a seleção do campeonato comprovam o equilíbrio e qualidade do elenco, e Muricy fez um trabalho excelente. Agora é planejar 2008 e pensar em reforços, coisa que o clube já fez ao contratar o bom lateral Joílson.

* Brasileirão 2007: foi o melhor campeonato da era dos pontos corridos, mesmo sem ter acabado. Não pela qualidade técnica, que a cada ano diminui, mas pela esquizofrenia e emoção que o pautaram. O campeonato viu a ascenção e queda do Botafogo, a regularidade do São Paulo, os momentos de habilidade do Palmeiras, a queda frenética do Cruzeiro e, mais marcante, a ascenção flamenguista. A média de público cresceu de forma aguda, e clubes, torcida e jogadores parecem ter entendido a fórmula.

* Kaká, provável melhor do mundo: pela temporada que fez, mais do que merecido. Aliou a habilidade costumaz com o faro de gols e liderança. Segundo a imprensa italiana, o jogador já teria sido procurado pela France Football e seria o vencedor da Bola de Ouro. Se vencer a eleição francesa, dificilmente perde o prêmio da Fifa.

Seleção Brasileira: depois do chocolate na Argentina, vieram as Eliminatórias. Um massacre no Equador e outras partidas ruins. Dunga termina 2007 com alguns nós para desatar, que vão desde a formação, postura e até convocações.

O Vila do Esporte voltará a ser atualizado com frequência. É bom estar de volta!

terça-feira, outubro 23, 2007

Língua queimada

Fabio Sanches

Apostei, no começo da temporada, que Hamilton seria campeão da F1. Como todo palpiteiro de plantão, corri o risco de dar um tiro no pé com tal declaração. Chamei-o de gênio e me deixei levar pelo jeito equilibrado e regularidade durante as provas. Queimei a língua

O esporte pregou mais uma de suas peças. Era improvável, impensável, mas Raikkonen levou o caneco mesmo estando atrás de Hamilton e Alonso na classificação geral antes da última corrida.

Não é desculpa, mas ficou claro que faltou maturidade para Hamilton e jogo de equipe para a Mclaren, que não conseguiu segurar o ego de suas estrelas. A Ferrari começou o ano com pior carro, mas foi se acertando. Errou feio com Massa algumas vezes, mas venceu no final, mesmo sem Schumacher.

terça-feira, outubro 09, 2007

O choro de Betão

Fabio Sanches

Aconteceu o impossível?

Não. O Corinthians podia muito bem ganhar. Não vou nem entrar na questão de que "em clássico tudo pode acontecer".

Analisem os fatos. Quem precisava mais da vitória no momento? Sim, o Corinthians.

O São Paulo não contava com Dagoberto e Leandro, homens que dão mobilidade ao esquema de três zagueiros do Muricy. Tire o motor do carro e veja o que acontece.

Aí o Muricy inventa André Dias como volante. E o time, que já não tinha mobilidade, fica estático. Com essa formação ultra-defensiva, o 0 a 0 estava de bom tamanho para o São Paulo.

Mesmo porque o Corinthians não veio disposto a atacar. 5-3-2.

E a aposta foi bem mais acertada. Com humildade e força de vontade, o popular time fez um gol de bola parada com Betão. Ele mesmo, que tinha sido negociado, depois voltado.

Ele que tem um vídeo no You Tube contemplando seus piores momentos.

E Betão chorou.

Chorou não como são-paulinos, porque esses não têm o direito de chorar. Chorou como um corinthiano, engasgado, cujas lágrimas mal caem e o grito quase não sai.

No mesmo dia, encontrei-me com alguns corinthianos. Todos roucos.

quarta-feira, outubro 03, 2007

A Roberto Dias

Fabio Sanches

Futebol com classe. É assim que recordo Roberto Dias, um mestre.
Quando era pequeno, lembro de suas brincadeiras ao ensinar um pouco de futebol aos pequeninos que frequentam o clube de assiociados do São Paulo. Tive contato com ele. Era calmo, brincalhão e amava o futebol.
Se foi, mas deixa muitas saudades. Ou melhor, deixa é inspiração de que o futebol pode ser jogado como jogava Roberto Dias, o melhor marcador de Pelé.

quinta-feira, julho 26, 2007

O dia D

Fabio Sanches
É hoje, 26/07, o julgamento da Mclaren pelos dirigentes da Fórmula 1. A questão ficou tão grave que a entidade pediu que todos os representantes estejam presente no local ao invés de votarem pro fax, como normalmente fazem.

A acusação é de que projetista-chefe da McLaren, Mike Coughlan, teria acesso às informações do carro da Ferrari e usado as inovações em benefício das flechas de prata, como relatado neste blog.

O resultados pode afetar os pontos da Mclaren no Mundial de Construtores e também os pilotos que defendem a escuderia: Lewis Hamilton e Fernando Alonso que são, respectivamente, o 1º e 2º colocados do campeonato.

segunda-feira, julho 23, 2007

Briga dentro e fora da pista

Fabio Sanches
A meu ver: 2x0 Alonso em cima de Massa.

O espanhol ultrapassou o brasileiro nas últimas voltas do GP da Europa e levou o caneco. Depois disso, nos bastidores, o bicampeão provocou Massa, que se revoltou e xingou o adversário.

Na pista, o brasileiro teve sorte no começo da prova ao se manter na corrida, mas depois o acerto final do carro com pneus de chuva não funcionou, enquanto Alonso foi mais regular e se mostrou oportunista ao guiar para a vitória após erros de Hamilton e quebra de Raikkonen.

Já a briga momentos antes do pódio foi ocasionada por um toque entre Alonso e Massa no momento da ultrapassagem do espanhol. Ficou claro que Alonso só queria provocar o brasileiro, que caiu. Depois o bicampeão pediu desculpas e Massa desconversou.

O campeonato continua, portanto, acirradíssimo. Hamilton com 70 pontos, Alonso 68, Massa chega a 59 e Raikkonen permanece com 52. Se Hamilton bobear, perde a primeira posição. E, embora o inglês seja muito bom, isto não está longe de acontecer.

sexta-feira, julho 20, 2007

Prata dolorida

Dante Baptista

Era a medalha que nenhuma das jogadoras brasileiras queria ganhar. A prata de ontem, na final do vôlei feminino foi uma das mais doloridas que o Pan viu. Ainda é inexplicável e doloroso o resultado de ontem, Cuba 3 a 2 Brasil.

O Brasil vencia por 2 sers a 1 e teve cinco match points, mas não conseguiu definir o jogo no quarto set. Cuba crescia, tem um ótimo time, e muito valente. Mas o Brasil era mais time, tinha mais técnica e as inspiradas Sheilla e, principalmente, Paula Pequeno, que abordarei depois.

Veio o tae-break, e o Brasil começou bem. Abriu 5 a 2 e virou em 8 a 5. Três pontos é uma vantagem considerável numa partida de vôlei, e tranquila de administrar. O Brasil chegou a 14-12. Eram dois match points. Em um dos lances, Sheilla atacou três vezes, foram duas defesas das cubanas e uma bola, mal levantada por Fabi, que parou na rede.

O problema dessa geração é não possuir a centelha que faz de um time campeão. Pior que isso, é uma equipe que costuma falhar em momentos decisivos, ou, no popular, amarela. Na semi-final olímpica, perdeu para a Rússia depois de estar vencendo por 24 a 19 o quarto set, e um ponto definria a vitória. Na final do mundial, teve um match point e perddeu o jogo. Ontem, Cuba reverteu uma partida que estava na mão das brasileiras.

Centelha de time campeão é absolutamente psicológico. É confiança, é ter domínio do nervosismo e frieza para decidir quando precisa, pois técnica, o Brasil tem de sobra. Características da Paula Pequeno, mas que precisam ser incorporadas pelo restante da equipe. Caso contrário, o Brasil verá uma de suas melhores gerações sem nenhum título expressivo.

segunda-feira, julho 16, 2007

Doces rotinas brasileiras

Dante Baptista

A chuva de bons resultados no domingo deixa o blogueiro sem saber por onde começar. O esporte brasileiro deu ontem provas de superação, garra e vontade. Bandeiras brasileiras no alto do pódio.


Hermanos Fregueses

Sim, o time brasileiro era limitado, defensivo e não jogou, como diria Armando Nogueira, 'o fino da bola'. Dunga e seu esquema foram criticados, e com razão até. Mas tudo isso acaba quando o assunto vira uma final entre Brasil e Argentina.

Vitória por 3 a 0 (Julio Baptista, Ayala - contra - e Daniel Alves), na melhor exibição da Seleção na Copa América. Josué e Mineiro anularam Messi e Riquelme, Julio Baptista brilhou e Wagner Love mostrou consciência tática. Vitória maiúscula, e a freguesia argentina permanece.

Vôlei campeão

O Brasil disputou todas as finais de Liga Mundial na década. Só perdeu uma, em 2002, para a Rússia, em pleno Mineirinho. E ontem foi dia de revanche. Depois de perder a primeira partida da fase final para a Bulgária, a recuperação brasileira foi excelente. Duros jogos, mas boas vitórias contra Rússia e Polônia.

A final contra os russos não seria fácil, e, de fato, não foi. O Brasil errou demais nos dois primeiros sets, mas mostrou a garra que faz desse time um multicampeão. Ricardinho, Giba e Murilo comandaram mais um título brasileiro, 3 sets a 1. Detalhe, é o heptacampeonato brasileiro na Liga Mundial. Seis títulos nas últimas oito finais.

Tão bom quanto a vitória entre os profissionais, é a notícia que o Brasil venceu a Rússia por 3 a 0 no mundial juvenil. Sinal de renovação em alto nível na fortíssima seleção brasileira.

Imagem do dia

Nenhuma dessas vitórias emocionou tanto quanto uma imagem. A de Diogo Siva, chorando ao som do hino nacional e medalha de ouro no peito. Diogo é lutador de Tae Kwon Do e deu ao Brasil seu primeiro ouro no Rio 2007. Mais uma prova de que, mesmo sem incentivo, sem condições adequadas, o talento brasileiro prevalece.

quinta-feira, julho 12, 2007

Final: A rivalidade vive

Fabio Sanches

Talvez todos diriam que a final da Copa América seria mesmo entre Brasil e Argentina. Mas aí Ronaldinho Gaúcho, Kaká e Zé Roberto pediram dispensa dos escolhidos pela CBF e o regulamento tentou cruzar os rivais antes da hora.

Besteira. O destino foi mais esperto e estamos diante de uma final que pode entrar para história.

Não que será um jogo bonito, pois o Brasil não apresentará o melhor de seu futebol. Mas, mesmo com a clara superioridade argentina, os brasileiros chegam com os ânimos à flor da pele e podem engrossar para Messi e companhia.

É engraçado notar que agora quem precisa surpreender é o Brasil. Antes, a Argentina, que é o único time do mundo que sempre enfrentou o Brasil jogando pra frente, tinha que apostar em alguns coelhos tirados da cartola, porque os brasileiros tinham mais técnica e habilidade.

Perdoem o atrevimento, mas hoje os coelhos do Brasil são Robinho, Diego e Anderson. O primeiro já está fora da cartola faz tempo, o segundo insiste em não sair e o terceiro é a promessa.

Opa, me esqueci que o Dunga não é mágico.

Semifinais

Se o Brasil está motivado por ter ganhado do Uruguai nos penaltis após um bom primeiro tempo e uma péssima segunda etapa, os argentinos bateram com facilidade os mexicanos e esbanjam confiança.

Enquanto o primeiro jogo foi 2 a 2, com gols de Maicon e Júlio Baptista, o segundo foi 3 a 0 com tentos anotados por Heinze, Messi e Riquelme.

Em tempo: Não há dúvida que Doni se adiantou muito para pegar a cobrança de Lugano. Sorte do Dunga, que viu os queridinhos Afonso e Fernando perderem suas cobranças. Tomara que o susto tenha revelado ao técnico uma pequena lição.

A Argentina não brilhou, mas venceu bem o México. Imagina se brilhasse?

Ah, faltou a pergunta tão esperada: Quem será o campeão?