E Mineiro foi embora...

Mineiro deixa o São Paulo. Quem o substitui?
Foto: Gazeta Press

por Dante Baptista

O volante Mineiro não joga mais pelo São Paulo. Depois de um mês decidindo entre a proposta do Tricolor Paulista e de outros clubes da Europa, o camisa 7 decidiu tentar a sorte no Velho Continente. Sevilha e Bayer Leverkusen são as opções do volante.

Apesar de ter ficado apenas duas temporadas no clube, Mineiro virou símbolo de um novo São Paulo. Menos técnico e mais competitivo. O volante alia a técnica, leitura e visão de jogo a um senso de marcação e preparo físico de impressionar. Discreto dentro e fora de campo, se destacou com gols inesquecíveis na história Tricolor, como o marcado diante do Liverpool e os tentos contra Santos e Goiás pelo Brasileiro de 2006.

E como continuar sem ele?

Segundo o técnico Vizzoli, que dirige o São Paulo na Copa SP de futebol Junior, a dupla Mineiro e Josué revolucionou o conceito de volantes no futebol brasileiro. Saiu a figura de um brucutu e entrou a figura de jogadores com capacidade para defender, desarmar e sair jogando com qualidade. Mineiro e Josué se completavam em campo.

A importância da dupla é tanta que, taticamente, o São Paulo perdeu a Libertadores por ter perdido seus volantes (não quero aqui tirar o mérito do Inter). Mineiro se machucou com 2 minutos de jogo e Josué foi expulso aos 10. Mesmo com o primeiro tendo permanecido em campo no sacrifício, o Inter ganhou o meio campo e, com isso, ganhou a partida.

No mercado, não há tantos nomes de qualidade para fazer a mesma função. Kleberson, ex Furacão e Manchester, é um dos poucos nomes de peso que poderiam ser contratados pelo São Paulo, apesar de não marcar como Mineiro. Mas, por enquanto, Souza é o favorito para assumir a função. Souza não é volante, mas um meia que tem um toque de bola refinado e aprendeu a marcar quando fazia a função de ala. Reasco e Richarlysson também surgem como opções, mas sem a mesma qualidade.

Ao longo da década, a diretoria Tricolor sempre deu exemplo de organização e planejamento. Talvez esteja na reposição de Mineiro o maior desafio para os cartolas do Morumbi.